quinta-feira, 24 de abril de 2025

Buscamos um sentido para a vida em coisas sem sentido

 Um sentido para a vida

Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Wed, Mar 19, 10:57 AM
to leitor

Nunca como agora se teve acesso a tantas coisas, essenciais ou supérfluas e nunca como agora 

as pessoas se frustram tão rapidamente.

Erradamente pensamos encontrar a realização em coisas volúveis que satisfazem temporariamente, 

mas que rapidamente desaparecem perante os nossos olhos inquietos. 

A frustração acontece porque se busca um sentido nessas mesmas coisas.

"Procura-se o sentido da vida em coisas sem sentido".

Buscamos permanentemente, sem saber muito bem o quê, influenciados por outros, tão equivocados 

como nós.

Os mestres estão por todo o lado, com receitas para a felicidade e nós simples mortais continuamos 

a acreditar que o sentido para a vida virá pela boca de um "salvador" por não reconhecermos em nós 

as competências para ir em busca de um futuro.

A psicoterapia atual insiste em continuar a dissecar a mente do paciente para encontrar aí os 

argumentos que justificam comportamentos e a partir do diagnóstico  vida continuará com o amparo 

da terapia a que o paciente dificilmente escapará.

Viktor E. Frankl defende que o psicoterapeuta deveria ter o papel do oftalmologista e não o do pintor, 

porque enquanto o pintor nos ensina a sua visão das coisas, o oftalmologista ajuda-nos a ver pelos 

nossos próprios olhos.