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| Tue, May 20, 7:09 PM | |||
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Pensava que para ser político de carreira bastava a adesão em tenra idade a um
qualquer partido. Depois era seguir a corrente, sem dar muito nas vistas e saber
lidar com Deus e com o diabo.
Pensava também que o CV não era muito exigente. Basta ver a Assembleia da
República onde tantos fazem carreira quase sem abrir a boca e onde alguns são
chamados de doutores e engenheiros sem o serem.
Apesar da garantia de emprego, muitos vão melhorando o desempenho para atingir
melhores objetivos.
Refiro-me a aulas de expressão dramática para enriquecer a performance política e
ajudar a convencer eleitorados indecisos.
Foi assim com um que levou um tiro numa orelha e ganhou o campeonato americano.
Antes, no Brasil, depois de um incidente parecido, Bolsonaro também chegou ao poder.
Por cá também temos os nossos “one-man show”, que em duas penadas nos demonstram
como funciona tão bem o nosso sistema de saúde - para certos utentes - e como se
ganham votos por empatia.
Somos um povo sensível ao drama, à tragédia, ao horror, como diria o Artur Albarran.