País encantado
| Fri, Jul 11, 10:27 AM | |||
|
Mesas fartas em esplanadas cheias, são assim as ruas das grandes cidades.
Gente sentada e gente apressada para se sentar.
Classes sociais tão imensamente diferentes se cruzam: umas que servem e outras
são servidas.
E de toda essa gente quantos são portugueses, melhor, quantos são os
portugueses de salário mínimo sentados nessas mesas?
Provavelmente poucos, porque nesses locais os preços andam à solta e só para
“inglês ver”.
As ruas nacionais estão a abarrotar dessas gentes deslumbradas pela nossa
cultura e gastronomia, essencialmente pelo nosso custo de vida tão conveniente
para quem tem rendimentos de primeiro mundo.
País poliglota e acolhedor o nosso, adaptado a bem servir o que de melhor temos.
Nos últimos anos tudo tem sido pensado nesse sentido.
Para nós portugueses fica a obrigatoriedade de nos adaptarmos aos novos tempos
fugindo dos locais onde os preços são praticados a bel-prazer, sem que a
fiscalização (inexistente) perturbe.
Viver do turismo e para o turismo é sempre um risco em qualquer economia.
Esperemos que os decisores deste país (sempre tão competentes) pensem em
diversificar para que se este fluxo turístico nos falhar tenhamos outras alternativas.