domingo, 10 de abril de 2016

A confraria dos artistas-2


Observem na TV como caminham os "senhores" dos papéis do Panama,
Como deslizam nesse mundo das imagens os Ilidios, os Salgados, os Vilarinhos e quantos mais que nunca se saberá...
E como olham com sobranceria os demais...

Já sabemos que por detrás dessa aparência bem cuidada e desse ar de virgens ofendidas se escondem reles larápios dum país em crise, que lhes permitiu o enriquecimento ilícito, sem problemas de consciência e com o beneplácito dos sucessivos governos, se calhar porque alguns também farão parte dessa confraria de artistas amigos do alheio.

Eles são políticos de topo, grandes empresários, jogadores, gente que  à noite consegue pôr a cabeça na almofada e dormir.

Roubar na Inglaterra, na Islândia, etc. não é o mesmo que roubar em Portugal, onde todos foram forçados ao peditório nacional.
Qual vai ser então a co-responsabilização dos sucessivos governos e de que forma pensam compensar os lesados/portugueses?

Porque estes senhores que "comem tudo e não deixam nada" são os mesmos que criticam quando o Zé Português vai encher o deposito à Espanha para poupar uns míseros euros, como se estivessem genuinamente preocupados com as divisas que saem para a economia espanhola.

E são muitos de entre estes, os patrões que os governos consultam sobre assuntos económicos, nomeadamente o aumento do salário mínimo.

É gente que ganha mais do que precisa e alguma vez mereceu.

Combate-se o terrorismo religioso mas finge-se não perceber que é o terrorismo económico quem provoca maiores danos no mundo.

Que cinismo; que falta de vergonha na cara!

Alguns, lá fora, ainda pedem desculpa (fica sempre bem), ou se demitem; por cá tudo será como sempre tem sido, ou seja nada muda e tudo se perderá na poeira do tempo.


3 comentários:

  1. Nós clamamos na praça pública, mas é como se clamássemos no deserto. Ninguém nos ouve, porque os que contribuíram para este estado de coisas, são pessoas sem sentido do respeito pelo próximo e são "autistas". E mais grave, é que muitos deles são, ou foram, poder, e as leis não são suficientemente claras para os punir.Por uma questão de honradez e de civismo, devemos continuar a tentar que oiçam a nossa voz. Mais uma vez, obrigado à Fátima, por ser uma mulher e cidadã atenta.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Fazamos o que nos deixam num mundo que precisa de tanto para ser civilizado. Um bem haja para quem ainda se preocupa com estes assuntos. Fique bem.

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