TERÇA-FEIRA, 8 DE NOVEMBRO DE 2016
Quando se diz que Lisboa não tem hotéis para tanta gente que aflui por isto ou por aquilo, ficamos todos muito felizes porque, ou é turismo ou são negócios e tudo no final se traduz em muitos euros que ficam na capital em hotéis, restaurantes, bares, comércio em geral.
E ninguém parece perceber que isto é uma situação recorrente e altamente penalizadora para o resto do país.
Para além do centralismo politico a que já nos habituamos, persiste por parte de gestores de grandes empresas o mesmo irritante vicio: convocar para Lisboa, dia sim, dia sim centenas de profissionais que para lá se deslocam vezes sem conta, para reuniões, muitas delas diminutas, entupindo a capital.
Parece que ninguém se preocupa em avaliar a produtividade desses gestores ao tomar decisões dessas.
Ou apenas quando está em causa a subida do salário mínimo para os 600€ é que os doutos tecnocratas chegam à brilhante conclusão que o trabalhador comum não apresenta produtividade para merecer os 600€. Será?
Ao cidadão comum compete-lhe trabalhar, pagar os impostos, cumprir as suas obrigações cívicas, zelar pelo meio ambiente, através da reciclagem, etc, etc, etc.
E aos gestores de topo que gerem situações de benefício para o comércio e serviços, para não referir outros, será que não lhes compete zelar por todo o ambiente português?
Ficaria tão bem e mostraria o lado de modernidade desses gestores descentralizar, beneficiando outras cidades deste país com as tão “necessárias” reuniões.
O Professor Marcelo, presidente multifacetado, bem que poderia dar umas dicas aos senhores das grandes decisões (deputados incluídos): não é só ganhar eleições, ou um lugarzinho ao sol e depois enclausurar-se na capital.
Existem mais terras e gentes que trabalham, votam e merecem o mesmo respeito e oportunidades.
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