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competências e caprichos dos que governam, mas também dos que são governados. E todas são afetadas pelo
conjunto de decisões de quem detém o poder, ao atender demasiadas vezes a interesses anónimos e em
detrimento dos interesses coletivos.
“Já não se fazem líderes como antigamente”. Tirando o (só aparente) saudosismo penso que nos tempos que
correm, facilmente se confunde um político com um qualquer influenciador digital pelas atitudes populistas e sem
prestar contas ao bom senso.
Confunde-se disparate com coragem. Responsáveis que deveriam ser exemplos de carisma abraçam causas de
projeção internacional em detrimento de causas nacionais, cuja responsabilidade de resolução lhe foram entregues
na sequência de processo eleitoral.
E tantos batem palmas a esses repentistas que não avaliam o impacto das suas ações.
Tudo é volátil. Convicções que movimentam milhares de opiniões rapidamente submergem no mundo global para
dar lugar a outras com a mesma importância e duração. Será que se pode fazer História com esta falta de seriedade
de opinião?
Falta sobriedade à classe política e falta ao povo respeito por si próprio.
O valor e a competência de muitos que detém pastas políticas de grande vulnerabilidade é discutível. Doutro modo
não se assistia ao que parece ser uma regressão de ver crianças a nascer em ambulâncias ou em salas de espera
de hospitais. Também na educação se tem permitido que a sala de aula esteja transformada numa arena, onde o
aluno é o pequeno ditador e o professor só tem vontade de mudar de profissão.
Provavelmente estamos a caminhar para uma sociedade onde os erros não tem consequências, em prol de uma
ilusória liberdade.

