Este Porto que eu amo está cada dia mais bonito.
O Porto dos meus encantos tem de tudo um pouco: uma história rica cujos sinais estão em todo o lado; tem jardins para o lazer das famílias, passeando ou simplesmente para o descanso na relva em dias de maior calor.
Florescem os eventos culturais; muitas iniciativas podem ser usufruídas de forma gratuita.
As zonas históricas: a ribeira, os monumentos que contam cada a sua historia e todos eles são a história rica desta cidade “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto”.
Andar a pé no Porto é encontrar a cada canto o encanto.
Vielas de casas simples e janelas floridas que surpreendem a cada esquina.
Escadas sem fim em direcção ao rio.
O rio e o mar na comunhão dos matizes da noite ou do dia.
Nas ruas mistura-se o colorido das mais variadas línguas.
Jovens e menos jovens correndo para as escolas ou para os empregos, no burburinho dos transportes e das ruas pejadas de vida.
Transportes bem organizados e que melhoraram muito nos últimos anos. Conheci este Porto sem metro e mais sereno mas menos pujante de vida diurna e nocturna.
A naturalidade dos costumes, a abordagem fácil, tudo isto é lindo, tudo isto é Porto, mas, quem está no comando percebe o que temos e estamos a perder gradualmente?
quem está no comando percebe que tem que ser preservada a vida e a dignidade das pessoas, o pulsar dessa população genuína, onde reside a alma deste povo?
É preciso tratar bem a alma desta cidade.
É preciso vigiar a paz que nos cerca.
É preciso a firmeza de não permitir a aculturação, trocando o típico pelo atípico, porque o Porto está na moda.
O Porto seduz e atrai e se não o cuidarmos, poderemos transformar esta cidade num espaço sem identidade e sem alma....