quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Pedro Dias... Semanas... quase um mês

QUINTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2016


Era uma vez um piloto
que não sabia voar
e por conta desse defeito
foi obrigado a aterrar.

Disse que não foi assim
e que se estão a enganar
porque ele é boa pessoa
e incapaz de matar.

E há alguns que acreditam
e outros assim assim...
Só uma coisa vos digo
não o queria ao pé de mim.

Porque é forte e tem tamanho,
mete medo que eu bem vi,
ao passar na televisão
eu juro que estremeci.

Pobre piloto e agora
que vai ser do teu destino?
vês o céu nascer quadrado
porque vais voar baixinho!

7 comentários:

  1. Grande poeta( ou poetisa?) é a nossa amiga Fátima! 
    Responder
  2. A natureza humana produz tanto maravilhas como crimes horrendos. Até que tudo esteja esclarecido, este cenário é mais que ultrajante, e talvez com uma extraordinária capacidade de compreensão e ironia se possa abordá-lo. Tudo isto me incomoda superiormente e me alarga o campo de descrédito no género humano.
    Responder
    Respostas
    1. O ser humano, em grande maioria, preocupa-se mais em construir-se por fora e por dentro vive na maior vulnerabilidade; depois qualquer coisa serve de gatilho para tragédias como esta.

Assim dizem alguns de "nuestros hermanos"

QUINTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2016


Vejam com que reverência o  Jornal El País, da Espanha, olha actualmente para os Portugueses. :-)

"El Pais
 Otro triunfo de la diplomacia portuguesa
..  En un intervalo de dos años políticos lusos se han situado al frente de la UE y de las Naciones Unidas JAVIER MARTÍN
  Lisboa 6 OCT 2016 - 14:48 CEST

La elección de António Guterres es un triunfo de su empeño personal, pero también es un triunfo de la diplomacia portuguesa, incluso un triunfo de la carrera diplomática en general, como actividad profesional.
  En un intervalo de dos años, dos portugueses se han situado en la dirección de la Unión Europea (José Durão Barroso, 2004-14) y en la dirección de las Naciones Unidas (António Guterres, 2016), incomprensible si se mide por el tamaño del país, de apenas 10 millones de habitantes. Pero el tamaño no importa.

  Mirando un poco más hacia atrás habría que recordar que el dictador Salazar maniobró hasta convencer a Franco para no aliarse con Alemania en la Segunda Guerra Mundial o que Portugal es miembro fundador de la OTAN, señales ambas de que el país tiene ojos para mirar más allá de sus fronteras. En la ONU fue miembro bianual del Consejo de Seguridad derrotando a las candidaturas de Alemania y Canadá.

En Portugal no cambian los embajadores en función del color del Gobierno, y todos son de carrera
Tanto en el caso de Durão Barroso como en el de Guterres coinciden unas características comunes de aversión a la confrontación, frente al tan hispano “de entrada no”, el “de entrada sí”, del diálogo constante y alargado, haya o no haya decisiones (la mayoría de las veces no las hay). Ambos responden a virtudes congénitas del portugués como son la paciencia y el respeto. Bajo ninguna circunstancia, por extrema que sea, se llega al desaire o al insulto. El portugués ni toca la bocina ni dice palabrotas (“mierda”, por ejemplo)
Pero a esa personalidad individual y colectiva del alma portuguesa, de un país que no irrita a nadie -como otros muchos-, se le añade la preparación profesional. Hace diez meses, Portugal cambió de un Gobierno conservador a uno socialista. El vuelco ejecutivo no significó ningún baile en sus embajadas. Las embajadas portuguesas son dirigidas -sin excepción- por profesionales de la carrera, y estos no cambian en función del color del Gobierno. El nuevo ejecutivo solo ha nombrado a dos embajadores y por su jubilación
La discreción diplomática fue el arma secreta con la que se tumbó la zafiedad política de Junckers y Merkel

Desde que en diciembre Guterres anunció su candidatura a la ONU, todo el cuerpo diplomático portugués, sin fisuras, comenzó a trabajar por él y en el más absoluto de los sigilos. Nadie salió, por su puesto, a hablar mal de Guterres, pero tampoco nadie salió a hablar bien. Los elogios sobre su candidato se decían en privado, metódica y pacientemente, a cada uno de los 193 embajadores de la ONU. La discreción diplomática fue el arma secreta con la que se tumbó la zafiedad política de Junckers y Merkel.

  Pero hay otra cualidad, no menor, que permite a este pequeño país distinguirse en el mundo: su educación lingüística. No hay dirigente portugués que no hable inglés y español, por lo menos. El citado Barroso, como Guterres o como los actuales dirigente del país, el presidente Rebelo de Sousa y el primer ministro Costa, se mueven con total comodidad en los escenarios internacionales gracias a su don de lenguas. No necesitan intérpretes para hablar con Merkel, Hollande o Teresa May. En seis meses, Rebelo de Sousa ha departido cara a cara con más dirigentes internacionales que Rajoy y Zapatero juntos en sus años de Gobierno. Esa cercanía, esa afabilidad con todos, sin prepotencias y sin menosprecios, al final acaba dando sus frutos."

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Porque ganhou Trump

QUARTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO DE 2016


Há alguns anos e se calhar ainda há, havia uns famosos telefonemas para casa das pessoas anunciando que tinham ganho uma viagem num concurso e que para ir receber o prémio teriam que comparecer no sitio tal, à hora tal e acompanhados do marido/esposa.


Muitos crentes e felizes compareciam aos referidos encontros e conversa vai e conversa vem, saíam de lá com uma viagem a “cascos de rolha” e um contrato assinado para a compra de artigos de que nem precisavam e a pagar por muitos meses.

Caídos na realidade, tentavam remediar a situação, uns conseguiam outros não.

Depois era o corolário de lamentos, gastos com advogados, ou apenas o conformismo de saber que se fez asneira, assumindo o prejuízo.

Não sei se neste caso foi uma situação semelhante: conversa vai, conversa vem e como as eleições americanas são como as novelas portuguesas que duram uma eternidade, a páginas tantas já ninguém sabia quem era o bom ou quem era o vilão e vai daí votarem de cruz.

Que diga-se, em abono da verdade, nas novelas portuguesas o bom é sempre parvo (para não lhe chamar outra coisa) e o vilão inteligente. 

Por cá votamos nos parvos ou nos espertos?

1 comentário:

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Centralismo obsessivo

TERÇA-FEIRA, 8 DE NOVEMBRO DE 2016


Quando se diz que Lisboa não tem hotéis para tanta gente que aflui por isto ou por aquilo, ficamos todos muito felizes porque, ou é turismo ou são negócios e tudo no final se traduz em muitos euros que ficam na capital em hotéis, restaurantes, bares, comércio em geral.

E ninguém parece perceber que isto é uma situação recorrente e altamente penalizadora para o resto do país.

Para além do centralismo politico a que já nos habituamos, persiste por parte de gestores de grandes empresas o mesmo irritante vicio: convocar para Lisboa, dia sim, dia sim centenas de profissionais que para lá se deslocam vezes sem conta, para reuniões, muitas delas diminutas, entupindo a capital.

Parece que ninguém se preocupa em avaliar a produtividade desses gestores ao tomar decisões dessas.

Ou apenas quando está em causa a subida do salário mínimo para os 600€ é que os doutos tecnocratas chegam à brilhante conclusão que o trabalhador comum não apresenta produtividade para merecer os 600€. Será?

Ao cidadão comum compete-lhe trabalhar, pagar os impostos, cumprir as suas obrigações cívicas, zelar pelo meio ambiente, através da reciclagem, etc, etc, etc.

E aos gestores de topo que gerem situações de benefício para o comércio e serviços, para não referir outros, será que não lhes compete zelar por todo o ambiente português?

Ficaria tão bem e mostraria o lado de modernidade desses gestores descentralizar, beneficiando outras cidades deste país com as tão “necessárias” reuniões.


O Professor Marcelo, presidente multifacetado, bem que poderia dar umas dicas aos senhores das grandes decisões (deputados incluídos): não é só ganhar eleições, ou um lugarzinho ao sol e depois enclausurar-se na capital. 
Existem mais terras e gentes que trabalham, votam e merecem o mesmo respeito e oportunidades.

1 comentário: