SEXTA-FEIRA, 23 DE JUNHO DE 2017
Sabem aqueles alunos que fazem várias vezes os mesmos exames, prestam as mesmas provas e não conseguem assimilar a matéria?
- Assim somos nós!
- Assim é a nossa Protecção Civil!
Só que quando não se trata da segurança de pessoas e bens, até se pode levar uma "raposa" para casa.
Em se tratando da vida das pessoas, deveria existir mais rigor na escolha desses dirigentes.
E eu tenho imensas dúvidas nesse rigor. São escolhidos porque são simpáticos, porque tem experiência? Saberão eles alguma coisa de geografia, de serras e montes, árvores e florestas?
Vão ao terreno planear, estudar soluções para a época dos incêndios? -
É que a época de incêndios deveria ser como o Carnaval: acaba um planeia-se o seguinte!
... observando a imponente e brilhante frota automóvel, vemos que são carros que circulam demasiado nas cidades e pouco nos locais a que são destinados.
Preferível era investir menos nesses carros para passeio de dirigentes, que pouco ou nada dirigem e mais numas quantas máquinas de limpeza de florestas a entregar às juntas de freguesia, cujos presidentes, embora na base da cadeia da importância politica, são quem conhece, ou deveriam conhecer o terreno onde se movimentam. E a serem bem apoiados e formados seriam fundamentais para colmatar muitos dos problemas que os senhores da cidade desconhecem.
Por outro lado parece perceber-se, desde a criação da Protecção Civil, existir uma espécie de cisão entre a mesma e as corporações de bombeiros que são quem dá o corpo e a cara e que por isso mesmo deveriam ser tratados e ouvidos com todo o respeito que merecem.
Por fim, só resta arranjar uns quantos culpados para tragédia tão grande... e há opiniões para todos os gostos: o raio que partiu a árvore, o governo, particulares, legislação, madeireiros, falta de comunicações (...então a Prot. Civil não tem meios de comunicar quando os incêndios queimam as antenas, o que deve acontecer demasiadas vezes?), GNR...e esquecem-se que todos são culpados por qualquer coisa, no essencial porque tem faltado a coragem e o bom senso para escolher a competência para cargos tão sensíveis.
Provavelmente (?) vão ser culpados, depois de longos inquéritos e muito dinheiro gasto, os GNR que sem orientação, orientaram como sabiam e aparentemente encaminharam para a estrada da morte quantos no desespero de se sentirem abandonados à sua sorte tentaram escapar de qualquer jeito.
Estou de acordo com o que diz sobre o seguidismo da Política Agrícola Comum, mas isso vem reforçar o que eu penso sobre a incompetência dos governantes, que não sendo capazes de ter um projecto próprio para os problemas do país, escondem-se atrás das orientações de UE, porque, incompetentes como são, desculpam-se com orientações que vêm da União Europeia. É o que temos, e é com este pessoal que temos de conviver.