quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Orgulhosamente só!

QUARTA-FEIRA, 27 DE JANEIRO DE 2016


Desde domingo passado, após a eleição de Marcelo, alguns elementos da sua família politica, a título de o felicitar, começaram a pôr o nariz de fora, tentando puxar para si algum do mérito desta vitória.

Por outro lado alguma imprensa parece unânime no entendimento de que esta vitória se deve apenas ao candidato que não se vinculou a nenhum partido.
Será?

E todo um passado de militância esfuma-se assim tão rapidamente?

Bem sei que o boneco agora assumido pede uma nova postura e que a ser verdadeira seria excelente para a boa convivência política e para a colaboração tão necessária à resolução dos problemas que enfermam o nosso país.

Mas, como eu não acredito no pai natal, também não acredito que esta vitória tenha sido conseguida a sós. Acredito antes que por debaixo dos panos houve muita ajuda económica para financiar a campanha, cujos valores agora que o senhor é presidente, nós nunca apuraremos, ao contrário de outros candidatos independentes cujos gastos de campanha já vieram a público.

Para além da pré-campanha, durante muitos anos, à boleia da comunicação social. Para além do acompanhamento privilegiado que a mesma exerceu junto dele durante a campanha, há ainda a considerar as tais ajudas “desinteressadas” dos ricos do costume, como investimento e cujo retornou o presidente mais cedo ou mais tarde terá que devolver. 

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Desclassificando

QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2016


Agora que os candidatos estão quase a colocar-se na grelha de partida para a corrida a Belém, permito-me aferir, porque a decisão também é minha, da qualidade de cada um dos candidatos para o cargo em questão:

- Vitorino Silva (Tino de Rans) – embora o bom humor seja coisa que falta neste país cinzento, só isso não chega para ser PR;

- Henrique Neto -79+4 = 83 anos; Penso que não aguenta a pedalada necessária; Provavelmente está a candidatar-se a um bom seguro de saúde, tendo em conta a idade…

- Jorge Sequeira - irreverente e bem-humorado, mas acho que não chega; Ser presidente tem que ter o seu lado sisudo;

- Marisa Matias – por acaso até gostava de ter uma “Presidenta” jovem, bonita, bem-falante e se calhar Portugal faria diferente neste cargo, mas penso que não está pronta; Ainda tem as mãos muito macias para pegar nas rédeas do país.

- Cândido Ferreira – a este senhor parece faltar-lhe algum jogo de cintura para encarar a política como o jogo que é; e nesse meio só com unhas se toca guitarra…

- Marcelo Rebelo de Sousa – este tem jogo de cintura a mais!

- Maria de Belém – depois do “quiprocó” da subvenção está arrumada, a não ser que o povo esteja distraído – pois, mas realmente o povo é muito distraídito…

- Sampaio da Novoa: o boneco que apresenta está dentro daquilo a que estamos habituados e nós somos muito conservadores! Talvez!?

- Paulo de Morais – fala bem, sim senhor! Mas será que alguém ouve e percebe o que ele diz; além disso desde o dizer e depois fazer é como daqui a Paris de bicicleta… demora muito!

- Edgar Silva – tem postura, sim senhor; e convicção; e fala grosso; se calhar este país precisava de um tipo assumidamente de esquerda para ver em que paravam as modas.

E vão dez!

E depois destes considerandos a brincar - mas também quem é que pode levar a politica a sério - temos tantos candidatos que vão servir para a dispersão de  votos o que tem o seu lado bom e mau e que obrigará a uma segunda volta, que na minha modesta opinião se irá resolver entre o Nóvoa e o Marcelo. 

Como este último é jogador de secretaria, a ver vamos, como dizia o cego…

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Subvenção para a vida

QUARTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2016


“O Tribunal Constitucional declarou a norma inconstitucional, por considerar que a mesma viola o princípio da protecção da confiança” 

E a protecção da confiança dos portugueses que pagam os impostos, que confiam nos bancos, que acreditam que o Estado é pessoa de bem?

Cinismo para a vida, diria eu!

Esta gente que se diz democrata, que se diz pela justiça social, que fez uma carreira política ancorada nas mordomias e na traficância de influências a bem de si e dos seus.
Que para subir um salário mínimo em cerca de 20 euros, 20! Apenas 20 euros… fazem um estardalhaço como se estivessem a ponto de descobrir a vacina para a sida, não tem vergonha na cara!
Porque se tivessem, retiravam-se discretamente para os seus trabalhinhos arranjados através da política e só tinham mais que dar graças a Deus.

Que falta de moral, já para não falar de falta de comiseração para quem vive nos limites e além da dignidade humana em Portugal.

Seria bom que esta não fosse mais uma notícia que vai cair no esquecimento; seria bom que a gentinha desta lista de beneficiados tivesse a decência de dar a cara e justificasse de forma a que os portugueses entendessem esta decisão do tribunal.

Os portugueses merecem uma satisfação!

3 comentários:

  1. Os portugueses merecem uma satisfação? Não são os portugueses que andam há um ror de anos a colocar sistematicamente no poder essa gente? Gente, toda/todos dos 3 partidos do arco do poder. Da tróica do arco. Vai ver no domingo se não vão eleger mais um!
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  2. Os portugueses são masoquistas, que se há-de fazer! Fique bem.
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  3. Já nada acrescento, se um ponto acrescentar.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Eleições

SEGUNDA-FEIRA, 18 DE JANEIRO DE 2016


As eleições aí estão e para quem ainda leva estas coisas a sério, depois de tantas tristes figuras decorrentes de uma campanha pobre de ideias, não é fácil tomar uma decisão sobre em quem deve recair o voto consciente.

Não reconheço em nenhum candidato a postura serena e firme do que seria o ideal de alto dignitário da nação; todos sem excepção usam a “queixinha”, o “deita abaixo”, nada que dignifique quem pretende voar tão alto, mas a que, infelizmente, já nos habituamos.
Por outro lado, a comunicação social com toda a capacidade de manipulação junto das pessoas, deu como adquirida a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa.
Para nós portugueses, habituados que estamos a palpitar de tudo e na hora H deixarmos a decisão por mãos alheias, era bom que no dia 24 de Janeiro não permitíssemos que fosse uma qualquer imprensa, ou o padre, ou o presidente da junta a votar em nosso nome.
Ainda temos um voto que é nosso por direito; ainda temos uma opinião!
Usemos o voto e a cabeça para pensar e decidir entre tanta falta de curriculum, quem será o menos mau dos candidatos, tentando assim elevar um pouco a fasquia da fraca qualidade da classe política em Portugal.
Que a preguiça de manter as pantufas calçadas, ou a rotina de ir alienar para o centro comercial não nos turvem a vontade de cumprir um direito/obrigação de decidir o que é melhor para o nosso futuro e dos nossos.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Médicos incentivados a quebrar sigilo sobre violência doméstica

QUINTA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016


Segundo noticia publicada no DN, os médicos ficam livres do segredo profissional sempre que tenham suspeitas de violência doméstica sobre doentes, podendo assim denunciar casos que tratam e visando a protecção da vida das vítimas. 
Até agora, ficavam sujeitos a processos disciplinares e judiciais se apresentassem queixas sem autorização.
Os médicos que já denunciavam antes arriscando os tais processos disciplinares, vão com toda a certeza continuar a denunciar.
Os que o não faziam, ou pelo cumprimento do sigilo a que estavam obrigados, ou por um certo acomodamento, poderão agora fazê-lo, assim tenham coragem para tal.
Sabemos que tais situações, geram riscos pessoais e profissionais que poucos quererão assumir, mas também sabemos que são estes profissionais que estão na linha da frente no que toca à violência doméstica e a sua abordagem à vitima, numa fase de grande fragilidade emocional, é privilegiada.

Que este pequeno passo seja multiplicado por outros e se comece a reverter este quadro de vergonha nacional.

2 comentários:

  1. Estas situações de maus tratos não se põe só em relação às mulheres cujos maridos são abusadores. Também há mais casos em que são os filhos maltratados pelos pais ou avós e vice-versa e esposas que maltratam alguns pobres diabos que são maridos. Há uns anos vi uma mulher e bater no marido na rua onde moravam, porque ele era muito velho e ele, muito mais nova, sem capacidade para se defender e era vergonhoso queixar-se. A lei deve ser geral e não uni-sexo.
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  2. Esta violência doméstica a que faço referência é toda a que é praticada entre 4 paredes, independente do sexo, idade e afinidade familiar. Acredito que perante os testemunhos dos vários profissionais de saúde que fazem o atendiento à vitima, o legislador poderia modelar a lei de forma a desincentivar os agressores. Fique bem.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Matar o que um dia foi amor...

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2016


Onde está a voz das mulheres mortas pelos companheiros?

A voz firme e capaz de reprimir os comportamentos daqueles que dão sinais de enveredar pela violência doméstica?
Quem toma a cargo e dignifica essas dores, que terminam tantas vezes à porta do emprego que paga as contas, no meio da rua como qualquer indigente ou entre quatro paredes, onde o agressor se sente rei e senhor das coisas e das vidas que um dia disse amar?
Deixem-se de palhaçadas! A nenhuma mulher acossada lhe interessa se os piropos são crime (?); os feriados que saíram do calendário; o próximo Presidente; ou se o Portas abandonou irreversivelmente o poder…
Interessa-lhe mais que se desmantele a violência, na origem, a qual, de gesto em gesto se torna num atentado contra a vida, sua e dos seus. Porque a cada mulher que se mata, mata-se também a infância e a juventude dos filhos. Mata-se a esperança no futuro…
Teoricamente tudo parece estar bem feito: existe a lei, os espaços (?) de atendimento às vítimas, um papelito passado por um qualquer juiz (que até teria condições de contratar um guarda costas, se o problema fosse com ele).
Na prática, deixa-se na "arena" à solta a vitima e o agressor a ver quem mata primeiro.
Senhores do poder, não se trata de um jogo de galos; trata-se de VIDA!
Podem esses senhores dizer que existem organismos (APAV) para proteger as vítimas; mas por que carga de água as vitimas tem que ser fechadas, privadas do seu direito primordial - a liberdade, nas chamadas casa abrigo, enquanto os agressores continuam à solta para caçar as vítimas na primeira oportunidade?
Deveria ser ao contrário, ou não? 
Pelo menos até que o baixo instinto desses animais, ou feras (seres humanos nunca) regredisse e se regredisse!

Por defeito, são os líderes manipuladores, narcisistas e mentirosos?

SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2016


Esta é a conclusão a que chega Jeffrey Pfeffer, através do seu livro Leadership BS: Fixing Workplaces and Carreers One Truth at a Time, que faz parte dos nomeados para o Prémio de Melhor Livro de Gestão, anualmente promovido pelo Financial Times e pela McKinsey.

Reconhecido docente de Stanford e professor visitante das maiores escolas de gestão do mundo, como a London Business School, a Singapore Management University, a IESE Business School, Harvard, neste livro politicamente incorrecto, Pfeffer acusa a poderosa indústria da liderança de nada fazer para criar bons líderes, simplesmente porque “doura a pílula” e não assume a verdade do que se passa nas elites organizacionais.

Pese embora a sugestão para que não se tirem conclusões precipitadas da mensagem que o professor de Stanford quer passar, Pfeffer descreve-se a si mesmo como um realista que não vai em contos de fadas, mas como alguém que, através de dados empíricos e científicos, consegue perceber que as organizações são tóxicas por natureza e que os executivos de topo que maior eficácia alcançam não são nem autênticos, nem modestos e muito menos confiáveis.

Citando Pfeffer , a formação empresarial, nos Estados Unidos, representa um mercado no valor de 70 mil milhões de dólares, dos quais 35% são gastos, especificamente, na melhoria das competências em gestão e liderança. Livros, workshops, conferências, sessões de formação, vídeos de discursos inspiradores, blogs, consultoria “aplicada”, tudo serve para ajudar empregadores e empregados a melhorar a sua performance e, por conseguinte, a das organizações, com o objectivo de cumprirem a sua missão, maximizar os seus lucros e, de preferência, ainda, a dos demais stakeholders.

Até aqui nada que não se faça no resto do mundo sobre a matéria. O problema é que, de acordo com o autor, independentemente de quão bons são os livros, os discursos dos pretensos especialistas em liderança, as lições fornecidas pelas consultoras ou os próprios cursos ministrados por entidades variadas, nem os líderes estão a ficar melhores, nem os colaboradores estão mais felizes.

O professor não tem qualquer prurido em afirmar que, nesta indústria, não existem barreiras à entrada. Qualquer pessoa, com ou sem credenciais sérias, pode escrever um livro ou desenvolver e ministrar um seminário sobre liderança. Como afirma, "muitos denominados especialistas em liderança nunca estiveram numa posição de liderança, ou estiveram, mas falharam ou são defensores de um estilo de liderança que é muito diferente do que aquele que praticaram enquanto foram líderes". 
Numa entrevista à Forbes, Pfeffer recorda um ranking publicado em 2014 pela revista Inc. relativo aos 50 Especialistas em Gestão e Liderança, no qual e nos 20 primeiros lugares, um dos classificados não tinha nenhum grau académico, apenas cinco tinham formação em áreas relevantes e dois tinham doutoramento em Religião. E todos estes "especialistas" se auto-descreviam como "oradores”.

Segundo o autor, a razão para a falácia desta indústria e talvez a mais interessante, diz respeito, a significativo paradoxo: aquilo que é bom para uma empresa pode não ser bom para o líder e vice-versa. 

Na verdade, uma das suas mais deprimentes conclusões – e são várias as que o livro enumera – “é a de que os líderes e aqueles que escrevem sobre eles – os primeiros porque são narcisistas focados no seu próprio interesse e os segundos porque tornam a sua pregação mal orientada extremamente popular – irão continuar a sair-se muito bem”.
O que realmente o preocupa são os seres humanos que têm carreiras estropiadas’e percursos ‘descarrilados’ e que trabalham em locais que são, literalmente, expostos a condições tão tóxicas como as dos fumadores passivos”.

Artigo completo em:

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Candidatos ao “Santuário de Belém”

TERÇA-FEIRA, 5 DE JANEIRO DE 2016


São dez. 
Podiam ser doze, ou apenas um, que importa! 
Quem se importa?
Lamentavelmente tudo aponta para que o campeonato esteja ganho, não por Jesus (o único com legitimidade porque lá nasceu – em Belém), mas por Marcelo que sendo assim ganha na secretaria aquilo que deveria ser decidido nas urnas, se os portugueses fossem menos relapsos no que se refere ao seu futuro.

Se assim for, será mais do mesmo! 
Mais um presidente amorfo, moldável a Deus e ao diabo... 
Apesar do esforço da comunicação social em construir os actores políticos, dando-lhes uma imagem de carisma e forte personalidade, os mais atentos percebem que a esmagadora maioria são bluf. 
Diz o povo "faz a fama e deita-te na cama" - o povo até sabe umas coisas, mas depois não põe em prática o que sabe.

Aliás a comunicação social (a alta politica) é a melhor fazedora de lideres  e gurus de tudo e mais alguma coisa. E usam adjectivos tão sugestivos que aos poucos  ficamos convencidos que temos representantes com um ADN do melhor. 
É um pouco como no futebol, o nosso clube é o maior!

No actual panorama politico português não conheço um politico com verdadeiro carisma.O que observo são politicos mediocres: fortes com os fracos e fracos com os fortes. 
Mas como em terra de cegos quem tem um olho é rei, quem manda aos portugueses serem ceguinhos!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Às vezes...

SEGUNDA-FEIRA, 4 DE JANEIRO DE 2016


Ás vezes sou pedra,

às vezes areia.
Às vezes sou sonho
e às vezes ideia.

Tem dias que falo,
noutros sou silêncio.
Tem dias que calo
aquilo que penso.

Quisera ser rio!
Quisera ser ponte!
Correr como correm
as águas no monte.

A pedra, a areia,
a ponte ou o rio.
Às vezes queria…
Às vezes não quero…

3 comentários:

  1. E assim se revela um ser humano sensível...
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  2. Este comentário foi removido pelo autor.
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  3. e às vezes eu queria ser sensível como a autora, mas não posso.