segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Divagando...

SEGUNDA-FEIRA, 28 DE DEZEMBRO DE 2015


Mais um ano,
e o desengano
Esperança que volta.
Esperança que é torta.
Projectos, desejos,
abraços e beijos.
Promessas infindas,
imagens tão lindas,
que vem e que vão.
Imenso clarão,
que ilumina o mundo.
Pobre vagabundo
de vida desfeita
nesse mal que espreita
por larga janela.
Que sorte é aquela,
azar de destino
e aquele menino
que foi meu um dia.
Foi minha alegria,
foi Deus que mo deu,
mas não era meu
voltou a levá-lo…

domingo, 27 de dezembro de 2015

Ano novo, nova vida!

DOMINGO, 27 DE DEZEMBRO DE 2015


Agora que estamos quase a virar o ano.

Agora que um novo governo chegou, como chega um fio de esperança.
A situações novas, novos comportamentos!
A apatia que nos caracteriza, o deixarmos que façam de nós gato sapato tudo tem que ser deitado fora como se deitam as coisas que não prestam no final do ano.
Tudo janela fora!.
Era bom fincar o pé e negar o que não queremos. Fazer valer a nossa opinião!
Não pagamos! Não pagamos!
Não vamos continuar a pagar pelos erros dos decisores politicos e dos maus gestores.
Não daremos um único euro aos bancos que por nós não têm qualquer tipo de contemplação e nos tiram até ao último centavo.
Mostrem-me a lei que diz que o povo tem que pagar o dizimo. A lei que diz que os que tem menos tem que dar aos que tem mais.
Se os bancos são privados, que os banqueiros assumam os custos como assumem os lucros.
Quando é que há coragem para sentar a má gestão no banco dos réus?
Este proteccionismo parece demonstrar que afinal ninguém escapa a esta incompetência contagiosa.
Chega de nos contarem histórias da carochinha; chega de fazer do povo tonto e do povo gostar de ser tonto!
A teoria bancária está muito mal explicada. Alguém terá que me explicar porque eu tenho alguma dificuldade!
Os bancos vendem dinheiro certo?
Vão aos mercados financiar-se para poderem emprestar dinheiro a quem lhes pede, certo?
Por esse dinheiro pagam juros altos, que depois vão cobrar aqueles a quem emprestam, certo?
E aqueles que emprestam o seu dinheiro aos bancos que são os depositantes em geral, o que recebem em troca?
Comparativamente, entre juros e os impostos, nada!
Se calhar o modelo bancário em vigor já deu o que tinha a dar e há que pensar em outros sistemas mais equilibrados, porque a avaliar pelo descalabro a que se chegou isto só vai piorar!
Sem optarmos pelas D. Brancas espalhadas por aí, eventualmente haverá outras opções menos viciadas.
 Afinal o ser humano é tão criativo quando quer!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Natal ou Nascimento?

QUARTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2015


Diz-se que de boas intenções está o inferno cheio e nós somos pessoas de muitas intenções.
É habitual por esta altura fazermos balanços pessoais e não só, fazermos promessas de melhoria e de realizações.
Depois, aí pelo meio do mês de Janeiro já estão diluídas todas essas ideias relativamente ao que adiamos no ano anterior.
Façamos um esforço. Substituindo a palavra Natal por Nascimento talvez possamos, quem sabe, descolar da rotina e entender que em todos os finais de ano temos uma nova oportunidade de Nascimento.
Ninguém estranhará se deixarmos de comer carne, se passarmos a ir à missa, se quisermos estudar, fazer acção social e tantas outras coisas que são os ideais de cada um.
Se afinal quase todos fazemos as promessas de fim de ano, ninguém estranhará que os mais tenazes as concretizem.
E se isso fizer bem à nossa alma, melhor ainda, porque pouco a pouco nos tornaremos pessoas melhores e pessoas melhores farão um melhor mundo.
Temos a obrigação de ir mais além; o mundo tem muito para nos ensinar; o planeta é uma enorme escola onde estamos para aprender e passarmos, a seu tempo, os ensinamentos aos vindouros.

Faço votos que este continue a ser o lugar de partilha que tem sido e onde os nossos escritos são um pouco da alma de cada um. 
Aproveito para desejar a todos os participantes d' A Voz da Girafa as maiores realizações emocionais. 

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Prémios de desempenho e gestão danosa

SEGUNDA-FEIRA, 21 DE DEZEMBRO DE 2015


O mundo é um lugar perigoso e cruel onde a maioria dos crimes fica impune. 

Portugal não é excepção!
A janela televisiva que bem poderia dar-nos de vez em quando alguma coisita positiva, é  proficua  em imagens que mostram a incoerência e a alienação das pessoas que não sabem, não podem ou não querem corrigir o que está mal. 
Enquanto uns quantos correm para ver a guerra das estrelas refugiando-se numa ficção nada salutar, no mundo real aqueles que pagam as contas e que acreditaram ter as suas economias acauteladas vão para a porta dos BANIFs, numa atitude subserviente tentar resgatar  aquilo que é seu por direito.

Só me pergunto como depois de vermos estas imagens ainda conseguimos conter a indignação?

Porque há uma coisa a que se chama prémio de desempenho e sabemos que o sector bancário é pródigo em autoremunerar-se, mas também há outra a que se chama gestão danosa e nem por isso os maus gestores passam pelo crivo da avaliação, bem pelo contrário quando começam a ficar na berlnda pelos piores motivos são retirados pela porta dos fundos e premiados com outros lugares iguais ou melhores onde vão colocar a sua experiència ao serviço do descalabro de mais outra qualquer instituição.

Impunidade, impunidade e mais impunidade!

Não rolam cabeças como nos filmes, quando crimes económicos como os que tem ocorrido acontecem e a supervisão bancária é apenas  mais uma quantidade de cargos sem qualquer utilidade, a não ser para os próprios pelas altas remunerações auferidas.
Viva o Portugal dos brandos costumes!


domingo, 20 de dezembro de 2015

O Natal

DOMINGO, 20 DE DEZEMBRO DE 2015


Não me apetecia muito comentar o tema, porque penso que sobre o Natal se fala de mais e se sente de menos.
Para mim o Natal divide-se em duas fases, AC e DC, sendo o AC antes do meu casamento e DC depois do meu casamento. 
Acho que para muitos de nós os Natais AC foram os mais bonitos.
Na minha infância e juventude, apesar da oferta comparativamente muito escassa em relação aos dias de hoje, vivia-se mesmo a magia da época.
Sem preocupações, que essas eram quase sempre, a cargo da progenitora que de tudo tratava, apesar do cansaço, porque as mães do antigamente realmente trabalhavam muito e muitas vezes sem qualquer reconhecimento.
Tudo fluía como uma dança: a decoração, o presépio, a mesa, a ceia, as roupas, as prendas...
Os presentes eram sempre coisas úteis, roupas, livros. Alguns dos presentes mais bonitos foram feitos pelo mano mais velho.
Quando olho para trás vejo realmente o Natal na sua sublime definição!
A casa pequena, da minha infância, tinha sempre lugar para mais um que aparecia em cima da hora, só porque a mãe se apercebia que estava só.
E tudo era perfeito, bem conseguido, saboreavamos tudo com outro prazer. E depois de muitos anos ficam as
saudades dos sons, dos cheiros e daqueles que amamos, que ainda estavam presentes e no auge das suas vidas...


Os Natais DC com os filhos ainda pequenos foram uma tentativa de manter a tradição, até onde foi possível.

Agora o Natal, com o espirito mercantilista em que se transformou, com a preguiça que entrou em muitos lares, com as mães de familia sempre muito cansadas e a remeter a tarefa para as mães ou sogras, perde muito do seu brilho.
Para além da competição de quem dá e recebe as melhores prendas, dos conflitos que ficam dos Natais anteriores, da complicação em fazer uma gestão que poderia ser simples.
Foi pena não termos aproveitado a crise para refazer velhos hábitos que aparentemente eram mais saudavéis.
Quem sabe se algum dia reaprenderemos o Espírito Natalício, quem sabe...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Líder vs Chefe

QUINTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2015


Nos últimos anos usa-se sobremaneira a palavra líder e sempre no sentido “upa, upa lá pra cima”. É o líder do Governo, é olíder do sindicato é o líder da selecção, é o líder … é o líder …
Ninguém usa expressões como: o líder dos aldabrões, o líder dos corruptos…
Mas, se pararmos para pensar na quantidade extraordinária dos apelidados líderes que por aí saltitam, quantos efectivamente o serão?
Poucos, infelizmente poucos!
O líder com direito a assim ser chamado, terá qualidades extraordinárias tais como: integridade a todos os níveis; ética e moral insuspeitável e essencialmente carisma!
Deverá ser capaz de influenciar as pessoas sob a sua orientação de tal forma que consiga tirar o melhor de cada um.
Era bom que em pleno séc. XXI as pessoas já não precisassem ser levadas pela mão, mas a realidade desmente a nossa pseudo evolução. Assim continuamos a ser levados e a necessitar de quem nos conduza. Daí que precisemos de chefes para tudo.
Porque líderes, poucos terão a sorte de conhecer. Contentem-se com chefes e não digam que vão daqui…



2 comentários:

  1. Aparentemente, os chefes à moda nova são servidores de um povo que domina e não dominadores de um povo que os servem, mas isto não passa de aldrabice. Ele continua a exibir ostensivamente os sinais da sua dominação , embora por formas menos espalhafatosas; pode conservar a ostentação de múltiplas formas, rodeando-se de um vasto grupo de "subordinados profissionais"cujo ofício se limita, em grande parte, a serem vistos em atitude servil perante o chefe, reforçando a sua imagem de superioridade social. Os chefes humanos procedem exactamente como os gorilas dominantes... Desmond Morris - in "O Zoo Humano"
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Aumento de capital no BANIF

QUINTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO DE 2015


Quando oiço e leio que os portugueses podem ser chamados a assumir o aumento do capital no BANIF, subentendo que vamos ser accionistas!
Que vamos poder mandar e desmandar e ter uma cadeirinha onde nos sentarmos lá dentro!
E os nossos salários serão substancialmente aumentados por conta das novas funções e regalias e mordomias!
Nos meios empresariais quando alguém é chamado a um aumento de capital é porque tem responsabilidades para o bem e para o mal, ou não?

1 comentário:

  1. Claro! É o "capitalismo popular", expressão inventada nos negregados tempos do cavaquismo, em que, a coberto disso, foram roubados biliões, "bagatela" que ainda pagamnos com língua de palmo...

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Sabedoria do desapego

TERÇA-FEIRA, 15 DE DEZEMBRO DE 2015


Sabedoria da libertação, sabedoria do desapego… estas palavras martelavam na minha cabeça enquanto conduzia, depois de um outro pensamento em que lembrei como seria doloroso dizer adeus a determinados afectos.

Como é difícil amar e ter que dizer adeus. Pela partida, pela ruptura, pela morte…Das tantas formas diferentes que a vida nos reserva.
Também associei este sentimento ao apego material. Quantas vezes já observamos, em algumas pessoas, um sofrimento atroz na hipótese de perderem o seu poder sobre as coisas?
Todos estes pensamentos, acontecem precisamente uma semana antes de passar por uma das maiores provações da minha vida: o falecimento do meu pai. O ser que eu mais admiro (ainda não consigo usar a expressão no passado), uma pessoa linda em toda a sua dimensão.
A SABEDORIA DO DESAPEGO… o conseguir aceitar, o deixar partir, sem revolta, sem sofrimento.
Sei agora que nada acontece por acaso. Percebi que um espírito sábio antecipou e preparou a minha alma para o que viria.
Neste momento, mais que nunca, tento aplicar a sabedoria do desapego. Pôr em prática tantas das minhas teorias sobre estes assuntos.
Mas não é fácil!
Racionalmente sabemos, que a morte está presente desde o momento do nosso nascimento, mas emocionalmente não aceitamos quando acontece. É mais fácil acreditar que os nossos amores são eternos… Que os nossos afectos não morrem!
À luz das minhas crenças mais profundas, quero acreditar que sim! Que os nossos amores não morrem e os nossos afectos permanecem para além da morte.
Só acreditando aceito que lá, onde possa estar meu pai, minha mãe e todos aqueles que amo, o sentimento forte que nos uniu prevalecerá para sempre no meu espírito enquanto tiver memória.
É difícil, mas é necessário para que as dores mútuas sejam mais fáceis de ultrapassar.
Saber deixar partir, aceitando como benéfica a partida, só depois de muitos ensinamentos de muita reflexão. Porque todos os amores, os presentes e os ausentes, são importantes para a nossa sobrevivência, a nossa continuidade.
Sabedoria está no aceitar, no acreditar que continuamos, embora não fisicamente, a comunicar e a lembrar desses afectos, desses amores como se apenas estivessem distantes geograficamente.
Libertação… desapego… aceitar que a distância entre a vida e a morte é muito ténue, sentimentos que deveríamos trazer quando vimos ao mundo.
Não é assim! Temos que ir conquistando esse desapego através de ensinamentos, de meditação.
"Conta-se, que uma mulher muito rica foi visitar um homem muito sábio com quem se queria consultar. Ao entrar na sua pequena cela, ficou estupefacta pela pobreza do lugar. Perguntou então ao homem sábio, porque não tinha moveis, o porquê de tanta pobreza? O homem sábio devolveu a pergunta, perguntando-lhe pelos seus móveis, ao que ela retorquiu, não tenho, pois estou apenas de passagem. Então, o homem sábio serenamente respondeu, eu também!”
Efectivamente estamos apenas de passagem! Uma passagem mais breve ou mais longa, mas apenas de passagem!
Logo, os bens materiais, tal como os afectos, deverão ser usufruídos de acordo com as nossas necessidades, mas sem apegos dolorosos, pois será sempre de forma breve.

A meu pai com todo o amor que me ensinou
11.03.2008, 11,55h

1 comentário:

  1. E o pai, feliz estará, por a sua filha ter sido tão boa aluna.

domingo, 13 de dezembro de 2015

Marcelo Presidente!

DOMINGO, 13 DE DEZEMBRO DE 2015


Abram alas; toquem-se as trombetas; Marcelo é Presidente!
Ganhou na secretaria, mas ganhou!
Afinal temos um voto e para que serve se o oferecemos de bandeja aqueles que nos são indicados pela comunicação social através dos seus manipuladores.
Não tenhamos ilusões: jornalismo independente não existe e se existe os donos da comunicação social não os querem. Por outro lado quem são os donos da comunicação social senão os próprios politicos e afins!
Pois, a chamada pescadinha de rabo na boca...
Então, era suposto que o voto que ainda nos pertence fosse usado com sensatez, mas qual o quê?
Dá trabalho ir à procura de informações para tomarmos uma decisão inteligente quando afinal perdemos tempo em tanta coisa inútil...
A informação está aí para quem quiser ser coerente e consciente. Não é dificil constatar quem é quem de entre os candidatos, mas ao invés e depois de tantas lavagens cerebrais até ao dia das eleiçoes, provavelmente vamos oferecer, por mera preguiça, o nosso voto a quem nunca fez nada por este país a não ser sevir-se para consumo próprio.
Pessoalmente estou cansada de tantos teóricos a invadir a nossa intimidade com palpites e soluções para tudo quando eles próprios nada fizeram de consistente que lhes dê a legitimidade para dar conselhos a ninguém, menos ainda para governar um País que precisa urgentemente de ser governado.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A rede

SEXTA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2015


Generalizou-se perigosamente o uso das novas ferramentas de comunicação e para algumas pessoas, ainda na fase de deslumbramento é quase um milagre a forma como se comunica ao minuto, sem os antigos custos, na conta telefónica, nos correios, nas deslocações aos diversos organismos que agora estão “pendurados” na net.
Mas, e há sempre um “mas”, alguém se questiona o que está, ou quem está por detrás destas novas tecnologias?
Como acho que ainda não são robots, serão pessoas com as suas competências e defeitos. E a ética (termo que até está na moda), ou a falta dela cabe em todas as pessoas.
Ora quem tem este tipo de actividade acede com toda a facilidade à nossa vida privada.
Pergunto: alternativa?
Deixar de usar e ficar fora da rede? Usar moderadamente?
O “moderadamente” não existe, nomeadamente quando vemos casos como o facebook e afins, em que de meia dúzia de amigos e sem qualquer permissão nos aparece uma quantidade absurda de gente que ninguém conhece a quererem ser nossos “amigos”.
O tempo dirá, aliás o tempo já tem mostrado os muitos perigos que este uso aligeirado tem criado e que ainda poderá criar!

Mas era bom que mais informação chegasse às pessoas para sua protecção, a não ser que este estado de coisas sirva o poder estabelecido para controle dos cidadãos. 

5 comentários:

  1. Pelos menos os Serviços Secretos das grandes potências conhecem-nos ao pormenore, do ponto de vista político-ideológico. O que é o nosso caso que expressamos aqui a nossa opinião. Isto é uma coisa infernal. E não é por isto que o povo/os andam mais bem informados. A imprensa escrita, onde eu gosto muito mais de escrever, está a ir à vida e cortar-nos o pio. Veja por exemplo o DN e a Noticias Magazine. Esta, tinha 4 ou 5 páginas para os leitores, agora não chega a meia. Vivemos no tempo dos big brothers.
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  2. É apenas um pormenor, mas convém rectificar. O que acima escrevi, tem um (e) a mais.
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  3. A ignorância serve todos os poderes. E a forma demente como grande parte dos deslumbrados com as redes se despe para o mundo é pura ignorância
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