sexta-feira, 8 de julho de 2011

Finalmente


8 Julho 2011 
Finalmente... 
Bati com a porta. 
Disse um basta em tanto sofrimento. 
A tantas noites e dias de fingir normalidade. 
Parti rumo à liberdade. 
O fresco da noite no rosto acordou-me para o que não tenho vivido. 
Ver a noite de que sempre gostei. 
Ver um céu estrelado, uma lua brilhando. 
 Agora é definitivo. vou embora da casa que paguei com tanto esforço. 
Nada que não seja normal num país que pune as vitimas e protege os agressores que em geral são homens. Afinal quem faz as leis? 
Quem as aplica? 
Solidariedade masculina diria... 
Já na rua, apercebo-me que deixo para trás 30 anos de rotinas, umas boas outras nem tanto. 
30 anos em que mais de metade foram dum sofrimento atroz. 
Em que quis voar, progredir e isso fazia confusão a cabeças tacanhas.