A criminalidade banaliza-se no
mundo, e até neste nosso país à beira-mar “espantado” a lei é cada vez menos inibidora.
Caricato é que a fasquia da
protecção dos animais sobe e a dos seres humanos desce.
E depois para uns quantos
criminosos com graves perversões e desequilíbrios, fruto de lavagens cerebrais
por que passam desde tenra idade, a vida humana não merece mesmo qualquer
respeito.
A estes, insistem em chamar
terroristas; para mim são apenas seres dementes obcecados pelo ódio e pela
intolerância.
Chamar-lhes terroristas é
atribuir-lhes uma causa e desde logo uma dignidade que não tem.
Porque lutar por uma causa que
se considera justa é no mínimo garantir o respeito por alguns valores éticos e
morais, nomeadamente desenvolver a luta/actuação contra os opositores/culpados
e nunca sobre pessoas que não são directamente responsáveis pelo que se crê ser
o problema.
Mas para os mentores destes
actos criminosos não há regras; Há tão somente a selvajaria a todos os níveis.
Eles são conscientes de que não há horror maior do que não saber onde e como
pode acontecer.
Afinal esta gente que quer
submeter o mundo à sua fé ficou parada no tempo da barbárie, não respeitando
nem as mulheres e crianças do seu próprio povo, que são na sua perspectiva
seres menores e podem ser usados como verdadeiros objectos na sua sede de vingança.
Observa-se, entretanto nos
últimos tempos, neste fenómeno de criminalidade cobarde que o Daesh vem
implementando, uma atitude recorrente:
- agora os autores já não se
explodem nos atentados: fogem e escondem-se, tentando escapar.
Porque será?
Será que começam a duvidar das
virgens prometidas?
Será que a lavagem cerebral
está a perder terreno – será que uma outra lavagem cerebral em sentido
contrário especialmente sobre os muito jovens inseridos nos países europeus,
onde os ataques tem decorrido e que estão no processo de domesticação, com
vista a mais atentados, não surtiria efeito dissuasor?
Afinal, se todo o processo
passa pela manipulação psicológica sobre estes autores, porque não utilizar a
psicologia para tentar esvaziar essas lutas sem causas.
Aí, a comunicação social teria
um papel fundamental: ao invés de pormenorizar os atentados que funcionam como
relatórios de sucesso para o Daesh, desmistifiquem todas as crenças
massivamente, como uma espécie de guerra fria psicológica.
Talvez que aos jovens que
nascem para matar, chegue aos poucos outra informação e possam decidir pela sua
própria cabeça...
...e talvez que o Daesh fique
sem acesso a tantos idiotas à procura de uma causa...