sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Alma de bombeiro

SEXTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2016



Há um país que arde por estes dias, populações que vivem momentos de terror e não são os políticos, nem os banqueiros que resolvem ou confortam, mas sim os bombeiros em quem é depositada toda a esperança na salvação de pessoas e bens.


Todos os dias no ano eles são importantes, pelos dramas que resolvem pelo socorro que prestam, mas é durante a época de fogos que mais se vê a bravura destes homens.

E por estes dias são excessivamente nomeados. Pena que na bonança sejam tantas vezes esquecidos...

Apesar de tudo nunca esmorecem e estão sempre prontos a servir a comunidade.

Fortes na adversidade, brandos nas situações mais delicadas, assim são eles!

O verdadeiro bombeiro é nobreza de carácter, espirito de sacrificio, anonimato...

Verdadeiro herói tantas vezes. Temerário, age e reage, vai onde mais ninguém se aventura, onde ninguém mais tem coragem de ir.

Preparados para atuar em incêndios, no resgate de pessoas em acidentes de trânsito, desmoronamentos, desastres naturais.Treinados ainda para o manuseamento de matérias perigosas, para actuação na emergência médica e pré-hospitalar, etc...

Poucas classes são assim tão completas, polivalentes.

Mas para ser tudo isso é preciso uma alma grande, solidaria, altruísta...

E apesar da complexidade da sua missão e formação, o bombeiro nem sempre tem o reconhecimento merecido, nem da parte dos governantes e até por vezes das próprias populações que esperam sempre deles o ir ao limite a todos os níveis, esquecendo que são homens e mulheres que para actuarem também precisam vencer os seus medos.

10 comentários:

  1. Os bombeiros, tal como os pedreiros, os canalizadores, os valadores, os motoristas e ajudantes de ambulância, etc., são recrutados entre as pessoas mais simples da nação. Estas pessoas são o suporte da sociedade, tal como os alicerces dos prédios que são construídos com os materiais menos polidos. Daí,como ninguém se lembra ou admira os suportes dos edifícios, também as pessoas que servem a sociedade, não são devidamente reconhecidas, neste caso concreto, os bombeiros. A comunicação social só se alimenta de papagaios e não reconhece os valores do ser humano.
    Logo, só no dia do fogo se lembram os bombeiros, tal como nos dias de temporal se lembram que os esgotos e as valas não estão funcionais. É da condição humana agir desta maneira. Os que estão activamente a pensar e a agir a favor do benefício social não são em número suficiente para alterar o quadro. Contudo, a luta tem de continuar.
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    1. "também as pessoas que servem a sociedade" - comentário curioso do amigo Tapadinhas que me lembra que os politicos deveriam encabeçar essa lista. Pois, mas eu faço sempre confusão: eles não servem, servem-se...
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    2. Servir a sociedade não é militar nos partidos políticos ou exercer cargos de governação normalmente bem remunerados. Os que servem a sociedade não são os que falam em trabalho, mas os que trabalham para construir os seus suportes. Logo, na minha lista, possivelmente errada, não entram, nos lugares, cimeiros os políticos que se governam, mas não governam as instituições e o povo, ainda que haja muita gente honesta, especialmente nos lugares de base. É um erro generalizar porque sempre acabamos por ser injustos. Talvez não me tenha expressado bem e esse é erro meu. O que interessa é que continuemos a lutar por uma sociedade mais justa.
    3. exprimiu-se bem e entendi-o bem. Apenas ironizei. Em países ditos evoluídos, os politicos estão ao serviço do seu país. Em países atrasados ou dizendo doutra maneira corruptos, onde acho que se encaixa Portugal , os politicos servem-se e descaradamente...
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  2. O texto da amiga Fátima vem a propósito e o comentário do amigo Tapadinhas completa-o. "É da condição humana... Não são em número suficiente..." Nem pouco mais ou menos! Por isso, os que nos apercebemos e nos incomodamos, não nos calamos. " a luta tem de continuar".
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Ainda a procissão ainda vai no adro...

QUINTA-FEIRA, 4 DE AGOSTO DE 2016


A Galp esclarece que "é comum" convidar entidades e pessoas com que se relaciona para determinados eventos, como o caso que envolve o secretário de Estado Rocha Andrade, que aceitou o convite da petrolífera para ir ver um jogo do Europeu de Futebol. A empresa considera, de resto, que a sua prática é eticamente aceitável. 


Pois! É isto!
Se pegassem no “eticamente aceitável” que atravessa o país de lés a lés, quantas dívidas não se pagariam…
Acho piada a estas descobertas mirabolantes como se todos nós não soubéssemos já como são estas coisas: uma mão lava a outras; as duas lavam a cara.

Os papeizitos do Panamá é que parecem esquecidos, não?
É que não há maneira de sabermos quem são os figurões.

Isso sim já era outra história!
Mas enquanto nos atiram com estas notícias de lana-caprina, sempre nos distraímos com qualquer coisita...

2 comentários:

  1. Este país, no campo da ética, bateu no fundo. Não sei é se há gente, em número suficiente, que tenha dado por isso.
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  2. Uma meia dúzia haverá. Mas a maioria a quem tudo isto deveria incomodar, anda por esta altura em festivais de música.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

O sol quando nasceu era para todos; agora vai pagar imposto!

TERÇA-FEIRA, 2 DE AGOSTO DE 2016


A imaginação realmente não tem limites quando se trate de dinheiro fácil, porque o difícil demora mais a pensar. Isto de se lançarem ideias sem o nome do autor é perigoso e sujeito a plágio. E eu por acaso gostaria de saber quem foi o idiota (leia-se pessoa com ideias interessantes) que pensou em cobrar o sol que por acaso é de todos nós. A experiência de vida, o peso da idade dá para muitas coisas: para se ser imbecil, mas também para evitar a imbecilidade. Esta iniciativa tem todo o ar de vir de pessoa, ou jovem ou paraquedista que “dista” não percebe nada e que quer apresentar serviço. E sobra-me uma curiosidade: todos aqueles que moram em barracas a céu aberto, a enriquecer diariamente à custa do sol, também vão pagar mais, ou tem um descontosinho quando a chuva vier e levar tudo na enxurrada?

2 comentários:

  1. Este país começa a ser governado por parvos, ou, nós, só agora nos estamos a aperceber dessa situação. Para além de ridículo que em si encerra, esta lei é mais uma forma de espoliar quem tem casa própria. O Estado, apropriou-se das propriedades privadas sem pagar indemnizações de expropriação, começando a cobrar taxas de IMI, que são autenticas rendas. Sucede ainda que as casas que não se consegue alugar ou estão em degradação pagam o triplo de IMI como castigo ao proprietário. Eu e meus irmãos possuímos uma casa herdada, que paga hoje anualmente de IMI, três vezes o seu preço de aquisição que foi pago pelos nossos pais. O IMI, ou é um roubo ou uma expropriação disfarçada, mas para pior, porque a conservação é sempre por conta do proprietário. O descaramento está à solta, mas o poder político apoderou-se da sua exploração.
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  2. Eu acho que fomos sempre governados por parvos, mas davam menos nas vistas.
    E a ideia é mesmo imbecil porque as autarquias que já não dão conta de tanto património degradado querem-se candidatar a mais imóveis por falta de pagamento do IMI e com todos os encargos burocratas… ou será que é para oferecer mais tarde a
    os “amigos” por tuta e meia?