sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Agarrem-me senão candidato-me!

TERÇA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2015

Eu estava convencida que o poder era uma carga de trabalhos: 

- nada fascinante; 
- envelhecia precocemente; 
- dava muitas preocupações; 
- era mal pago; 
- anulava a vida pessoal, etc.
Afinal estava enganada porque à velocidade com que aparecem candidatos à Presidência da República, quais cogumelos no Outono, vejo que é muito atractivo.
Mas também, as condições para o cargo não são nada de mais: tudo se resume à proposta de um partido ou a quantidade certa de assinaturas.

O resto, aquilo que faz a diferença entre o carácter, a competência, a integridade, isso, isso não tem importância nenhuma.


1 comentário:

  1. Mas muitos deles sabem, porque não são totalmente destituídos, que, no fim, apenas terão colhido os seus quinze minutos de glória...

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Minha cidade quase perfeita...


Este Porto que eu amo está cada dia mais bonito.  

O Porto dos meus encantos tem de tudo um pouco: uma história rica cujos sinais estão em todo o lado; tem jardins para o lazer das famílias, passeando ou simplesmente para o descanso na relva em dias de maior calor. 

Florescem os eventos culturais; muitas iniciativas podem ser usufruídas de forma gratuita.

As zonas históricas: a ribeira, os monumentos que contam cada a sua historia e todos eles são a história rica desta cidade “Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto”.

Andar a pé no Porto é encontrar a cada canto o encanto. 

Vielas de casas simples e janelas floridas que surpreendem a cada esquina. 

Escadas sem fim em direcção ao rio.

O rio e o mar na comunhão dos matizes da noite ou do dia. 

Nas ruas mistura-se o colorido das mais variadas línguas.

Jovens e menos jovens correndo para as escolas ou  para os empregos, no burburinho dos transportes e das ruas pejadas de vida. 

Transportes bem organizados e que melhoraram muito nos últimos anos. Conheci este Porto sem metro e mais sereno mas menos pujante de vida diurna e nocturna.

A naturalidade dos costumes, a abordagem fácil, tudo isto é lindo, tudo isto é Porto, mas, quem está no comando percebe o que temos e estamos a perder gradualmente? 

quem está no comando percebe que tem que ser preservada a vida e a dignidade das pessoas, o pulsar dessa população genuína, onde reside a alma deste povo?

É  preciso tratar bem a alma desta cidade.

É preciso vigiar a paz que nos cerca. 

É  preciso a firmeza de não permitir a aculturação, trocando o típico pelo atípico, porque o Porto está na moda.

O Porto seduz e atrai e se não o cuidarmos, poderemos transformar esta cidade num espaço sem identidade e sem alma....

quarta-feira, 16 de maio de 2018

Violência doméstica

 

Li no JN que a EARHV- Equipa de Análise Retrospetiva de Homicídio em Violência Doméstica divulgou o 3 º Relatório e nele são produzidas algumas recomendações e sugestões.

Desde logo chama a minha atenção o desfasamento no tempo, entre o ocorrido, a decisão do tribunal e o relatório da EARHV. Há um espaço de 3 anos entre o 1º momento e o último…

Sugere ainda o referido relatório, que deve ser priorizada a retirada do agressor da residência ao contrário do que acontece até agora em que a vitima e os  filhos são forçados a abandonar as suas casas e rotinas para ficarem fechados na chamada casa abrigo, por precaução, é certo, enquanto o agressor fica à solta, potencialmente mais agressivo e descontrolado por perder o acesso à vitima e sentindo-se desafiado na sua pretensa autoridade.

As vitimas são, desta forma maltratadas duas vezes.

Porque não experimentar o contrário e criar uma casa abrigo de preferência com grades como forma de "ajudar" o agressor no controle da raiva? 

Falta eficácia, autoridade e essencialmente bom senso. E o bom senso diz que a primeira coisa a fazer deveria ser isolar o agressor até que acalme os seus baixos instintos.

Serão precisas mais quantas comissões para chegar a essa conclusão tão “evidente”?

Efectivamente, vemos multiplicarem-se as comissões, as associações, mas a actuação que se quer célere, não acontece. É uma espécie de folclore nacional onde são criados cargos para pessoas que apenas falam e escrevem bem, mas da violência efectiva sabem pouco.

A violência doméstica é vergonha nacional e enquanto andarmos apenas com sugestões, continuarão a encher-se as páginas dos jornais. Já se percebeu que só pela eficácia, rapidez de actuação e autoridade se conseguirá educar mentalidades paleolíticas, sem valores, sem respeito e sem cultura.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Administrações dos hospitais em quantidade e com pouca qualidade


De modo geral uma administração hospitalar não são um nem dois elementos: são muito mais que isso.

Então era suposto que entre todos se visse uma gestão de qualidade.

Mas, quando as administrações hospitalares servem para acolher políticos sem emprego ou em fim de carreira;

Ou quando são usadas para premiar/punir gente que só conhece a politica como modo de vida, o desempenho verificado nestes cargos não poderá ser muito meritório.

Se em qualquer cargo, em qualquer administração fossem exigidos resultados de acordo com os vencimentos auferidos, talvez que aparecessem para trabalhar apenas pessoas responsáveis e com provas dadas.

Se neste país não se desresponsabilizassem sistematicamente os maus desempenhos, talvez que nas empresas hospitalares se verificasse outra qualidade de serviço, no mínimo que correspondesse ao percentual que cada cidadão desconta mensalmente supostamente para assistência médica entre outros.

Fico chocada quando é noticiada uma lista de espera de 3 anos para se conseguir uma consulta de especialidade e fico mais chocada ainda quando oiço declarações de supostos administradores hospitalares, quando lhes é perguntado o porquê desta demora, remeterem a resposta para a administração anterior. Então, estão lá a fazer o quê?

Provavelmente a taxarem parques de estacionamento! 

sexta-feira, 23 de março de 2018

Mentes brilhantes

 

Euribor negativa vai dar crédito para descontar nos juros da casa, mas permite aos bancos adiar esse impacto para quando as taxas Euribor entrarem em valores positivos.

Notícia de última hora e proposta do Bloco de Esquerda.  

As pessoas deixam de poder pagar a prestação do empréstimo à habitação, mas os bancos não hesitam em abrir um contencioso no imediato, sem atender a alternativas por parte do pagador. 

As empresas não conseguem pagar os seus impostos, mas não lhes é dado o tempo para se reequilibrarem, sendo a penhora muitas vezes o mecanismo com que se liquidam empresas e postos de trabalho.

O cidadão perde o emprego, deixa de poder pagar os seus compromissos, mas não lhe é dada uma segunda oportunidade; pior ainda, pelo facto de estar a pagar um empréstimo para habitação, é entendível que já é proprietário de uma casa (que também lhe será tirada pelo banco), logo não tem acesso a apoios económicos. 

Esta “brilhante” decisão é mais do mesmo: uma benesse para os bancos. 

Fico à espera de ver se, quando e como será este direito aplicado! 

E é isto uma proposta da esquerda; olha se fosse da direita!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A insustentável leveza da justiça

 

De vez em quando a justiça dá um ar da sua graça e põe nas bocas do mundo nomes sonantes da nossa praça.

O povo fica feliz e convencido que ninguém está imune às malhas da lei.

Abençoada a fé deste povo que nunca se cansa de acreditar!

O povo fica eufórico e durante uns tempos são temas servidos no repasto, em conversas animadas, onde uns e outros têm opinião formada e sentença dada.

Afinal acredita-se, a justiça funciona!

Será?

Entre o sensacionalismo da comunicação social e o desfecho destes casos mediáticos muita tinta há-de correr, muitos processos irão prescrever e em muitos casos tudo se diluirá num tempo demasiado longo entre o crime e a punição, o que infelizmente é apanágio da justiça portuguesa.

Esquecem-se os “justiceiros de bancada” de tantos escândalos de corrupção que já sobrevoaram este país, envolvendo figuras de destaque e afinal, onde estão os resultados práticos; onde a recuperação dos valores surripiados; onde a pena efectiva que sirva de exemplo inibidor para outros casos futuros?

Tal como a saúde, também a justiça é artigo de luxo e quem pode pagar uma boa defesa consegue quase sempre escapar por entre as malhas da lei.

Restam uns nomes arrastados na lama.

Sim e depois… nada que lhes tire o sono…