segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Omeletes sem ovos_Jornal de Notícias

 

Este governo, com quem já simpatizei mais, parece querer fazer omeletes sem ovos.

Houve um tempo em que os patrões escravizavam trabalhadores. Depois veio o tempo da revolução em que trabalhadores expulsaram patrões. Agora estamos no tempo em que os patrões  humilham quem precisa trabalhar ao escolher doutores para tarefas básicos 
Este governo escolhe, para a área da justiça, em tarefas habitualmente ao nível do 12ano licenciados e como se não bastasse quer pagar praticamente o salário mínimo. Depois os concursos ficam desertos e vem o chavão de que os portugueses são preguiçosos, ao invés de criticar quem está à muito tempo fora da realidade nacional.
Então e quem não teve condições para se licenciar não pode aspirar a ser funcionário público?
Uma coisa é certa, um só salário de tantos assessores inúteis deste governo pagaria muitos salários a funcionários de que a justiça precisa urgentemente.
Cumprimentos 

Fátima Rodrigues 








domingo, 26 de junho de 2022

Banalizar a vida



 Quando se acredita que o tempo da nossa civilização seria bastante para sermos hoje verdadeiramente humanos, o que vemos todos os dias é a selvajaria e a banalização da vida.

Mata-se sob qualquer pretexto. A masculinidade atua cada vez mais em manada onde mostra toda a sua valentia; a sós, escudam-se em casas de banho e chamam a polícia.

E depois a psicologia tem justificativa para quase tudo: psicopatia, sociopatia, transtornos emocionais e tudo o mais que a ciência resolveu catalogar, muitas vezes para esconder a triste realidade de que o ser humano sem ética e sem moral transforma-se num ser não muito diferente de qualquer animal em meio selvagem.

A morte em contexto de violência doméstica é notícia todos os dias; crianças negligenciadas e mortas são uma situação recorrente. Até parece que o futuro dos países não passa pelos que são agora crianças; os jovens que saem para se divertir, antes usavam os punhos nas zaragatas típicas de certa idade, agora levam armas e parece não terem problemas em usá-las, como se o castigo por matar não os assuste de modo nenhum.

Talvez que as leis não sejam adequadas à gravidade da violência que parece aumentar a cada dia. 

Talvez seja preciso a coragem e a urgência por parte dos legisladores para alterar a brandura de certas leis.

Talvez seja de pedir aos juízes alguma autonomia e independência de decisão, complementarmente à lei, para ensinar humanidade a quem prevarica.

Quando será que os decisores mostram coragem para mudar o que continua a correr mal?



sábado, 26 de março de 2022

Os filhos do ditador

 Quem são teus filhos, ditador?

Onde estão e como são os teus filhos ditador?

Por detrás das grades douradas onde pensas protegê-los, são felizes ditador?

Dormem à noite e sonham com a pesada herança que lhes vais deixar?

Quando abraças os teus filhos, olhas nos seus olhos com amor, enquanto mandas matar outros filhos de outros pais que nenhum mal te fizeram ditador?

Que direito tens de os fazer carregar a vergonha dos teus atos.

Ninguém vai esquecer e nem perdoar a tua descendência ditador!




segunda-feira, 7 de março de 2022

Vladimir Putin, um homem velho no mundo novo

O menino brinca com os seus tanques de guerra investindo sobre os inimigos imaginários. Uma “guerra” sem consequências, pois no dia seguinte os adversários estão prontos para se enfrentarem de novo e de novo e de novo... 

Depois, o menino cresce e aprende a viver em sociedade, no respeito pela vida, pela paz e pelo semelhante. 

Mas há meninos que não crescem, que não evoluem no ideal de ser humano. Que continuam a brincar às guerras, na sua alienada perceção e com a ajuda de acovardados caciques querem dominar o mundo, como se fossem invencíveis e imortais. 

Chegamos ao séc. XXI e pese embora todas as lições que deveriam ter impulsionado o mundo a evoluir de forma real, o homem, apesar de se achar um ser evoluído, ainda não se desprendeu do sentimento de barbárie que domina o seu coração no desejo possuir de forma absoluta. 

Putin é o homem velho no mundo novo! A erva daninha que foi deixada a crescer sem controle. Que não tem inteligência para perceber que as guerras são sintomas de subdesenvolvimento, resquícios dos primórdios da espécie humana que já fez tanto caminho para chegar aqui. 

A evolução não dá saltos nem queima etapas: é gradual. E num mundo que se ufana da inteligência artificial, é importante não continuar a menosprezar a inteligência emocional que, essa sim, é o garante do desenvolvimento ideal da humanidade.  







sábado, 29 de janeiro de 2022

Portugal à beira mar espantado


Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Nov 3, 2021, 4:21 PM
to leitor

Portugal é pequeno em muitas coisas e ainda longe do desenvolvimento ideal em muitas áreas, porém no que toca à corrupção, estamos nos níveis mais sofisticados no que se refere a surripiar aquilo que é de todos e que numa sociedade dita evoluída deveria servir para colmatar as situações de maior carência, nomeadamente a saúde e a educação.

A cada passo saem à ribalta escândalos de crime financeiro, com nome, morada e NIF, mas fazendo um balanço dos últimos 10 anos de nomes que estiveram na berlinda por lesarem diversas instituições e por inerência a todos os cidadãos, poucos foram ainda acusados, presos, ou que devolveram aquilo que foi roubado a todos nós.

Custa-me aceitar como neste país é tão difícil punir os ricos enquanto que aos menos favorecidos não há qualquer constrangimento em privá-los, por vezes daquilo que é essencial para uma vida digna. Ao mesmo tempo também sei que tudo tem a ver com a capacidade ou não  de pagar uma boa assistência jurídica.

A máquina fiscal, quando se trata do cidadão anónimo a contas com a justiça, rapidamente congela aquilo que são os seus rendimentos ou património de modo a garantir o montante da dívida e em múltiplas situações montantes bem acima desse valor, congelando ao mesmo tempo a vida das pessoas que ficam impedidas de gerir os seus bens para além dos valores da sua responsabilidade.

Pena que não se dê a estes o mesmo benefício da dúvida que se dá aos outros, a quem é permitido todo o tempo do mundo para sonegar, vender e esconder a fortuna usando a maquilhagem financeira que aprendem no decorrer do percurso profissional.

Independentemente de toda a estratégia usada para esconder aquilo que é roubado ao erário público, o que não entendo mesmo é como, não são reversíveis por lei todos os negócios feitos nesse sentido desde e durante todo o processo de investigação.





 

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

O dia em que o mundo descomplicou (título original)

 

Todos, por entre o tempo que vivemos agora, tivemos um dia em que cada um, à vez, tomou consciência da fragilidade da vida e da sua finitude a qualquer momento. 

Obrigamo-nos a equacionar o que é importante, pois de repente já não estão garantidos os afetos, tão pouco o dia de amanhã. 

De repente também, ficamos sem certezas sobre o emprego, suporte da nossa qualidade de vida. 

Para sobreviver ao perigo que espreitava em cada canto, deixaram de ser as nossas regras, os nossos dias apressados; passaram a ser as regras de quem manda, num confinamento obedecido. 

A urgência da profissão perfeita, do corpo perfeito, da vida perfeita, foram secundarizadas pela manutenção da saúde e viabilidade de ficarmos por cá mais algum tempo. 

Percebemos que todo o poder e todo o dinheiro não compravam a solução que tardava em chegar. 

Nunca tantos com tanta autoridade tiveram de obedecer a tão poucos que ditavam as regras que nos mantinham em segurança. 

Dos céticos aos mais avisados, todos tivemos um dia em que o mundo, simplesmente   descomplicou e tudo reduziu à manutenção da vida. 

18.04.2020


quinta-feira, 30 de abril de 2020

Assim vai o mundo



O mundo sempre se dividiu entre bons e maus; anjos e demónios. 
Nos lugares de poder, não é excepção e percebe-se que certos ditos líderes, marionetas de poderes marginais, sozinhos nunca chegariam a lado nenhum pois não têm nem as competências nem a visão.

O continente americano tem dois desses lunáticos a governar países que pela dimensão e riqueza poderiam fazer a diferença no balanço económico mundial, Trump e Bolsonaro.
Mas, de tão ridículos, inconscientes ou mal aconselhados, em todo este processo do Covid 19, escancararam as portas da morte aos respectivos povos arrogando-se deuses.

Costuma dizer-se que a melhor defesa é o ataque e o senhor Trump sabe fazer isso muito bem: em vez de justificar a falta de medidas para proteger os americanos, contra-ataca, acusando a China por conta do “vírus chinês”.

Também é curioso que por esta altura ainda não se saiba o que realmente aconteceu. Mais curioso ainda é que o homem que gasta fortunas a descobrir espaços siderais, ainda não consiga descobrir estes desafios domésticos.

A história irá escrever sobre a causa do vírus, falta saber qual a versão!
Apesar da faceta estranha e discurso politicamente incorrecto, o presidente dos EUA que chama vírus chinês ao covid, quer apurar responsabilidades. 
Nada que também não esteja nos planos de outros países, o que na minha opinião vai dar lugar a muitos pedidos de indemnizações, mal a situação esteja controlada - "a China vai ter que pedir insolvência!"

E aí sou obrigada a concordar com o homenzinho alaranjado. Independentemente de ter sido acidente, propositado, ou o que quer que tenha sido, o mundo tem o direito de saber, porque muitas vidas já se perderam e vão se perder muitas mais; as economias estão débeis com muito desemprego, fome e por aí…

Em vez de andar por aí a sobrevoar as economias fragilizadas por esta altura, para dai tirar dividendos económicos, é preciso que a China assuma a responsabilidade dos seus actos, porque a ter sido negligência, esta também tem que ser julgada e sentenciada.

De uma culpa não se livra a China: se o problema já existia pelo mês de Novembro, o mundo tinha que ser avisado de imediato, para tomar as medidas que impediriam a perda de tantas vidas.