segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Mulher

SEGUNDA-FEIRA, 30 DE NOVEMBRO DE 2015


Penso naquelas mulheres

Que, esgotadas de sonhos
Ainda tem dentro de si
Carinho...

Penso naquelas mulheres
que, maltratadas pela vida
ainda olham os filhos
sorrindo...

Penso em tantas mulheres,
que inventam tolerância,
que são donas de esperança,
repartindo-a...

Penso em "ti" em especial,
porque "fabricas" a força
com que preparas os filhos,
para um futuro melhor.

Na imensa sabedoria,
das coisas simples da vida,
ensinas-lhes um caminhar
tranquilo.

E quando enfim te aquietas
cansada desse labor,
adormeces na esperança
de um amanhã bem melhor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Alma gémea

DOMINGO, 29 DE NOVEMBRO DE 2015


É branca a nossa casa, meu amor
e como brilham portas e janelas,
nos dias em que o sol em seu esplendor
carinhosamente incide nelas.

E o jardim de verde foi pintado
por tão suaves mãos, feitas de cor,
com flores coloridas pontuando
em sinais do nosso eterno amor.

Divino este amor, nosso destino
continuarmos juntos no caminho
que escolhemos viver uma vez mais.

Assim em união tão verdadeira
Alma da minha alma, companheira
de tantas vidas, de tantos ideais...

3 comentários:

  1. Lindo é de ler, mas quão difícil de encontrar, quão distante da realidade! Escreveu um grande poeta da minha terra, António Feijó: "Pela montanha alcantilada/Todos quatro em alegre companhia/O amor, o tempo, a minha amada/E eu subíamos um dia. Da minha amada no gentil semblante/Já se viam indícios de cansaço/ O amor passáva-nos adiante/E o tempo acelerava o passo" (...) Ou aquele poeta brasileiro: "Que seja eterno enquanto durar"...
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    Respostas
    1. Lindo esse poema do Antonio Feijo! Maldade juntá-lo à minha pseudo poesia.
      Quanto à alma gémea acredito que existe às vezes um pouco escondida outra vezes à frente dos nossos olhos, mas nós com os filtros que criamos e tantas crenças erradas, nem sempre temos a paciência e a bondade de olharmos a alma do outro como deveríamos. Fique bem.

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Crise e educação

QUINTA-FEIRA, 26 DE NOVEMBRO DE 2015


Crise é das palavras que mais vezes se tem citado nos últimos anos.
Educação é a assimilação e a prática de regras e de valores que nos tornam mais capazes de viver em sociedade
Estas duas palavras interligam-se com demasiada frequência, pois é essencialmente durante situações de crise, individual ou social, que se detecta a existência da educação, ou a falta dela.
Isto a propósito da utilidade da “crise” que na minha opinião tem servido para aferir conceitos e atitudes o  que nem sempre a família/educadores conseguiram fazer.
Ninguém dúvida que a maioria dos pais ama os seus filhos. Ninguém dúvida também que todos gostam de lhes dar melhores condições de vida, melhores que a deles próprios.
Muitas vezes dá-se acima das posses para suprir, quem sabe, alguma falta de acompanhamento, ou por não saber gerir a manipulação dos filhos, ou simplesmente porque é mais fácil dizer que sim do que dizer que não.
Por tudo isso é que a educação é uma das missões mais ingratas do ser racional.
Pelo que está dito acima o que se verifica, não olhando aos aspectos negativos que a crise tem desencadeado, observa-se que muitas pessoas mudaram positivamente comportamentos, tais como, levar a “comidinha” para o emprego: homens e mulheres, jovens e menos jovens o fazem, de uma forma muito descontraída, tornou-se moda até; 
já não caem os “parentes” na lama ao aceitar um emprego de salário mínimo mesmo quando se tem formação académica superior, os chamados “doutores”.
Faz-se agora uma gestão do dinheiro e das despesas, com maior bom senso, porque o que antes era um emprego vitalício agora é, quase sempre, precário.
A crise serviu pois para complementar o que em muitos casos foi a insuficiência da educação, do bom exemplo a seguir.

Logo a crise tem sido uma grande pedagoga.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Ser livre!

SEGUNDA-FEIRA, 16 DE NOVEMBRO DE 2015


Quando li neste blog, num texto aqui publicado, uma citação de Bin Laden: «Nós temos jovens que amam a morte mais do que vós amais a vida.», só posso pensar que homem era este, que louco, que bezerro adorava?
Esses  jovens, alguns quase crianças, com a vida hipotecada a dementes que tem como bandeira o ódio, teriam ou  terão alguma alternativa, a não ser matar ou morrer?
Numa cultura que os domestica até ao último fio de cabelo; que os treina como cães de caça, a morte aparenta  ser uma libertação, muito embora levem com eles o sangue de tantos inocentes.

domingo, 15 de novembro de 2015

PARIS

DOMINGO, 15 DE NOVEMBRO DE 2015


Onde estão os senhores Passos e Portas nesta situação de horror para dizer ao país como estamos numa situação similar?
O Sr. Portas não tem ao menos, mais um daqueles sorrisos branqueados, ou uma daquelas pérolas gramaticais que tanto gosta, para nos brindar e dizer que podemos estar descansados, que o país tem um sistema de defesa bem organizado com um alto comandante preparado para liderar em situação de crise?
Bom, se for como para decidir  em relação ao futuro do governo deste pequeno país, parece que podemos esperar sentados pelo alto comandante.

Provavelmente numa altura em que todos os olhares convergem para os acontecimentos de Paris, outros ataques tão ou mais horrendos estão a ser planeados, porque a alienação desta gente é altamente patológica.

Se calhar os portugueses gostariam de ver mais poder a dar a cara neste drama de Paris, esclarecendo como estamos para nos defendermos em situação análoga e menos comentadores/papagaios a palpitar de tudo como experts que são de coisa nenhuma.

Para quem vê Messias em todos os actos deste governo moribundo, o que me  parece é que estão mais preocupados em vender as joias da coroa a preço de saldo a ver se levam mais dinheiro nos bolsos. 


Temos um país de teóricos e na prática quando as coisas acontecem que Deus nos acuda...

2 comentários:

  1. Devem andar a dar volta ao bestunto para elaborar uma teoria segundo a qual estes repugnantes atentados se devem ao recente acordo das esquerdas em Portugal...
    Responder
  2. O silêncio, às vezes, é mau prenúncio.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Que maldade...

QUINTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2015


Pela primeira vez, neste país, vi uma manifestação contra o desemprego tão emotiva que me vieram as lágrimas aos olhos!
Onde?
Assembleia da Republica no dia 9 de Novembro 2015!
Que vai ser daquela gente que vai perder o salário como membro dum ex-governo, ou ver os mesmos drasticamente reduzidos?
Era de criar uma verba específica para apoiar estas pessoas que tudo deram ao país e agora se vêem a braços com uma situação de despromoção tão cruel. E já agora criar uma equipa multidisciplinar de apoio psicológico…
Não se faz o mesmo com outras classes (pescadores, professores, têxteis…)?

Aliás, "penso eu de que", se estas mesmas pessoas que se manifestaram tão veemente na Assembleia estivessem do lado de fora da barricada quando se fatiaram rendimentos até pôr o povo em carne viva, provavelmente nunca se cometeriam tantas atrocidades contra a dignidade dum povo que tem sido tão paciente a aturar a incompetência.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Vem dançar comigo!

TERÇA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO DE 2015


Vem dançar comigo esta noite
Quando tarda e as ruas são silêncio
E o vento traz a música dos amantes.

Já pedi o brilho às estrelas
Para pintar de oiro o meu vestido
E no cabelo levo os cristais que o orvalho tece.

Vestirás o teu fato de luar
E seremos tu e eu em movimento
Na magia do amor a acontecer

Nos aromas da terra adormecida
Respiremos toda a nossa liberdade
Por esta noite ao menos, meu amor!

Com gente de perdição nos cruzaremos
Mendigos do amor que sabe a pouco.
Pouco nos importa amor, tu me dirás

E pelas calçadas sujas do pecado
Dançaremos nosso amor sem preconceito
Até chegarmos à praia e adormecer

E na areia molhada, entrelaçados
Vencida que foi a força do desejo
Toda a ternura resiste em nosso olhar.

Ilegítimo este amor por nós roubado
Que não teme o castigo, mas a dor
Da distância que nos obrigam a cumprir

Vem dançar comigo uma vez mais…

4 comentários:

  1. Se foi uma 'modesta inspiração' também quero ir à festa!
    Responder
  2. Valha-nos a poesia, que, essa sim, nunca satura...