quinta-feira, 6 de novembro de 2025

O novo normal

 


Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Tue, Oct 7, 10:58 PM
to leitor


Para o bem e para o mal todas as sociedades são dinâmicas, alternando o seu formato por conta, não só das 
competências e caprichos dos que governam, mas também dos que são governados. E todas são afetadas pelo 
conjunto de decisões de quem detém o poder, ao atender demasiadas vezes a interesses anónimos e em 
detrimento dos interesses coletivos.
“Já não se fazem líderes como antigamente”. Tirando o (só aparente) saudosismo penso que nos tempos que 
correm, facilmente se confunde um político com um qualquer influenciador digital pelas atitudes populistas e sem 
prestar contas ao bom senso.
Confunde-se disparate com coragem. Responsáveis que deveriam ser exemplos de carisma abraçam causas de 
projeção internacional em detrimento de causas nacionais, cuja responsabilidade de resolução lhe foram entregues 
na sequência de processo eleitoral. 
E tantos batem palmas a esses repentistas que não avaliam o impacto das suas ações.
Tudo é volátil. Convicções que movimentam milhares de opiniões rapidamente submergem no mundo global para 
dar lugar a outras com a mesma importância e duração. Será que se pode fazer História com esta falta de seriedade 
de opinião?
Falta sobriedade à classe política e falta ao povo respeito por si próprio.
O valor e a competência de muitos que detém pastas políticas de grande vulnerabilidade é discutível. Doutro modo 
não se assistia ao que parece ser uma regressão de ver crianças a nascer em ambulâncias ou em salas de espera 
de hospitais. Também na educação se tem permitido que a sala de aula esteja transformada numa arena, onde o 
aluno é o pequeno ditador e o professor só tem vontade de mudar de profissão.
Provavelmente estamos a caminhar para uma sociedade onde os erros não tem consequências, em prol de uma 
ilusória liberdade.





sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Pequenas pessoas com pequenos poderes

 


Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Tue, Oct 21, 2:00 PM
to leitor
De modo geral a sociedade desafia-nos ao sucesso e quando tal não acontece, pessoas com fraca 
capacidade em lidar com a frustração ou com má índole tentam culpar o mundo dos seus fracassos. 
Como o mundo sabe defender-se desses idiotas, estes viram-se para o círculo familiar onde encontram 
pessoas tolerantes e muitas vezes indefesas.
O processo da violência doméstica desencadeia-se sempre da mesma forma: a prepotência de pequenas
pessoas sobre pessoas vulneráveis. E aquilo que começa com a desculpabilização vai crescendo por 
conta da manipulação e controle por um lado e do medo por outro. O lar transforma-se pouco a pouco no 
palco de muita crueldade, com consequências noticiadas todos os dias. 
Em numerosas situações a violência doméstica está associada ao consumo de álcool ou estupefacientes 
e é recorrente a aparente desculpabilização dos agressores por conta dessa condição. Há que deixar de 
“passar-se o pano” a irresponsáveis que não conseguem gerir a vida sem essas “ajudinhas”.
A falta de juízo não pode ser permissiva, o "pôr-se a jeito" perante situações que lesam a prazo a saúde 
mental também tem de ser responsabilizada, ou então aqueles que cumprem as regras de bem viver em 
sociedade devem ter direito a um prémio. A vida é difícil para todos e se a maioria enveredar por um modo 
de vida torto, o mundo transformar-se-á num imenso hospício.
Já basta o que basta!
A catatonia da lei tem que ser tratada com urgência porque os números da violência em família são 
assustadores. 






segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Um país de primeira e um país de segunda

 


Como é diferente o amor a Portugal 

Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Sat, Sep 13, 5:03 PM
to leitor
Tento não ser injusta mas tenho olhos e vejo e os meus neurónios funcionam. 
O drama recente que se viveu na província por conta dos incêndios apenas foi 
acompanhado pela solidariedade dos portugueses que de norte a sul se revêem 
neste drama ano após ano. Representantes do governo nem vê-los. Uns a banhos 
ou com outros interesses que não o estado do pais. Breves comunicados 
circunstanciais e à distância, informando que o governo “Acompanha os 
acontecimentos com toda a atenção”. 
Pois! Eu também! 
Já no acidente com o Elevador da Glória que matou 16 pessoas e deixa muitos 
feridos, o comportamento político é completamente diferente. 
Comunicados, deslocações e todo um movimento que mostra um país e um governo 
a fazer o que lhe compete. 
Nada contra! 
Está em causa a imagem internacional e há que cuidar de ficar bem na fotografia. 
Mas não pode deixar de me chamar a atenção a dualidade de comportamentos e percebe-se que 
se calhar há um país de primeira e um país de segunda.
Há a preocupação de fazer bonito quando se trata dos centros de decisão. 
Quando eu era pequena dizia-se que “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”, infelizmente uma 
paisagem que se despreza e degrada a passos largos





segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Porque não um kit de sobrevivência mental?

 




Kits de sobrevivência mental

Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Thu, Sep 4, 12:10 AM (12 days ago)
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Sugerem os experts que devemos ter um kit de sobrevivência para emergências.

Para acautelar as surpresas que a vida traz, há que ter em casa alguns itens 

numa mochila, tais como, água, alimentos, medicamentos, lanternas, dinheiro… 

Num primeiro momento poderá ser a diferença entre sobreviver ou não. 

Não sei se muitos praticam a sujestão ou se acham que as coisas más só 

acontecem aos outros.

Como o seguro morreu de velho considero do mesmo modo importante um kit 

de sobrevivência mental.

Num tempo em que as adições virtuais são tão intensas há que acautelar que 

a falta de acessos em casos de “apagões” ou outros que tal, sejam minimizadas.

Não se vá dar o caso de que enquanto uns poucos conseguem manter a serenidade

a abrir a sua lata de atum, muitos poderão andar às cabeçada por se sentirem 

“desligados”.





quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Afinal quem manda no Mundo?

(no subject)

Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Fri, Aug 8, 12:23 AM
to leitor

Afinal quem são os poderosos do mundo? Será que um Trump tem tanto poder 

assim? O Putin mandará alguma coisa? Um Xi Jinping, o inflado narcisista que 

gere um dos países mais populosos terá essa importância toda?

São rostos que todos conhecem, que se admiram ou se detestam, mas a quem 

foram dados poderes para fazer o que de bom e de mal acontece no mundo.

E eu pergunto a mim mesma se esta gente manda mesmo alguma coisa ou são 

apenas marionetes ao serviço de poderes maiores e invisíveis aos nossos olhos.

Grandes figurões ficaram na História como ditadores por auto-recriação e em alguns 

era percetível a psicopatia como traço de personalidade e muitos tiveram longos 

reinados, só possíveis perante a prepotência e a crueldade que 

habitualmente é a imagem de marca destes alucinados.

Agora, em pleno século XXI, após tantos episódios históricos negativos que nos 

deveriam ter “educado”, ao observar o comportamento de pseudo líderes que 

gerem países poderosos, fico com a impressão de que estes são os escravos de 

"senhores" apostados em manter o planeta no pântano moral e económico 

que ditará o fim desta civilização.



quarta-feira, 3 de setembro de 2025

O fogo atacou e a liderança falhou

 

(no subject)

Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Sat, Aug 2, 12:46 AM
to leitor

Por estes dias em que o país arde, onde estão os  rostos dos governantes 

para confortar aqueles que se sentem ameaçados em si mesmos e nos seus bens?

Habitualmente desaparecem e só os bombeiros dão a cara e a coragem junto de 

populações aterradas, auxiliando-se mutuamente para salvar o que por vezes é o 

patrimônio de uma vida de muito sacrifício.

Na pompa e circunstância estão lá todos, mas quando o problema é maior que a 

competência, tornam-se invisíveis, varrendo o assunto para debaixo do tapete na 

esperança que este desapareça por si mesmo.

Paradoxalmente crescem chefes nos gabinetes mas faltam operacionais no terreno, 

ou dito de outra maneira são tantos os chefes que se atrapalham uns aos outros.

Ano após ano, o mesmo carma: populações abandonadas à sua sorte e o comando 

de temas tão sensíveis entregue a pessoas inadequadas. Escolher competência 

para a boa gestão do país continua a ser secundarizada relativamente aos interesses 

partidários.




segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Desvantagens de um povo sensível

 

(no subject)

Fátima Rodrigues mariafatima.rrodrigues@gmail.com

Tue, May 20, 7:09 PM
to leitor

 

Pensava que para ser político de carreira bastava a adesão em tenra idade a um 

qualquer partido. Depois era seguir a corrente, sem dar muito nas vistas e saber 

lidar    com Deus e com o diabo.

Pensava também que o CV não era muito exigente. Basta ver a Assembleia da 

República onde tantos fazem carreira quase sem abrir a boca e onde alguns são 

chamados de doutores e engenheiros sem o serem.

Apesar da garantia de emprego, muitos vão melhorando o desempenho para atingir 

melhores objetivos.

Refiro-me a aulas de expressão dramática para enriquecer a performance política e 

ajudar a convencer eleitorados indecisos.

Foi assim com um que levou um tiro numa orelha e ganhou o campeonato americano. 

Antes, no Brasil, depois de um incidente parecido, Bolsonaro também chegou ao poder.

Por cá também temos os nossos “one-man show”, que em duas penadas nos demonstram

como funciona tão bem o nosso sistema de saúde - para certos utentes - e como se 

ganham votos por empatia.

Somos um povo sensível ao drama, à tragédia, ao horror, como diria o Artur Albarran.