quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Médicos incentivados a quebrar sigilo sobre violência doméstica

QUINTA-FEIRA, 14 DE JANEIRO DE 2016


Segundo noticia publicada no DN, os médicos ficam livres do segredo profissional sempre que tenham suspeitas de violência doméstica sobre doentes, podendo assim denunciar casos que tratam e visando a protecção da vida das vítimas. 
Até agora, ficavam sujeitos a processos disciplinares e judiciais se apresentassem queixas sem autorização.
Os médicos que já denunciavam antes arriscando os tais processos disciplinares, vão com toda a certeza continuar a denunciar.
Os que o não faziam, ou pelo cumprimento do sigilo a que estavam obrigados, ou por um certo acomodamento, poderão agora fazê-lo, assim tenham coragem para tal.
Sabemos que tais situações, geram riscos pessoais e profissionais que poucos quererão assumir, mas também sabemos que são estes profissionais que estão na linha da frente no que toca à violência doméstica e a sua abordagem à vitima, numa fase de grande fragilidade emocional, é privilegiada.

Que este pequeno passo seja multiplicado por outros e se comece a reverter este quadro de vergonha nacional.

2 comentários:

  1. Estas situações de maus tratos não se põe só em relação às mulheres cujos maridos são abusadores. Também há mais casos em que são os filhos maltratados pelos pais ou avós e vice-versa e esposas que maltratam alguns pobres diabos que são maridos. Há uns anos vi uma mulher e bater no marido na rua onde moravam, porque ele era muito velho e ele, muito mais nova, sem capacidade para se defender e era vergonhoso queixar-se. A lei deve ser geral e não uni-sexo.
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  2. Esta violência doméstica a que faço referência é toda a que é praticada entre 4 paredes, independente do sexo, idade e afinidade familiar. Acredito que perante os testemunhos dos vários profissionais de saúde que fazem o atendiento à vitima, o legislador poderia modelar a lei de forma a desincentivar os agressores. Fique bem.

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